O Antigo Testamento: Adão e Eva são expulsos do paraíso terreno - Parte VIII
- Cláudia Pereira
- 29 de abr.
- 3 min de leitura
Atualizado: 8 de mai.
A Beata Ana Catarina Emmerick (em alemão: Anna Katharina Emmerich), nasceu em 8 de setembro de 1774 em Coesfeld e faleceu em 09 de fevereiro de 1824 em Dülmen na Alemanha. Foi uma freira agostiniana, grande mística e estigmatizada, elevada aos altares pelo Papa São João Paulo II a 3 de outubro de 2004.
Adão e Eva são expulsos do paraíso terreno
Visões da Beata Catarina Emmerick

Parte VIII - Adão e Eva são expulsos do paraíso terreno
Passado algum tempo, vi Adão e Eva a vaguearem em grande aflição, cheios de tristeza e desespero. Já não brilhavam de luz e andavam, um aqui, o outro ali, como se procurassem algo que tinham perdido. Tinham vergonha um do outro. Cada passo que davam levava-os para baixo, como se o chão cedesse sob os seus pés. Levavam a escuridão para onde quer que fossem; as plantas murchavam, perdiam seu o brilho perdiam e as cores vivas, tornavam-se cinzentas, e os animais fugiam deles assustados. Procuravam folhas grandes e teciam-nas num cinto, para colocar à volta da cintura. Andavam sempre separados.
Depois de terem caminhado assim por um tempo considerável, a região de luz refulgente de onde tinham vindo, estava bem distante, e começou a parecer o cume de uma montanha distante. Adão e Eva procuraram um refúgio, e entre os arbustos de uma planície de aspeto sombrio, esconderam-se separadamente.
Então, uma voz vinda do alto chamou-os, mas eles não obedeceram ao chamado. Assustados, fugiram para mais longe e esconderam-se ainda mais entre os arbustos. Fiquei triste por ver isso. Mas a voz tornou-se mais imperativa e, apesar do seu desejo de fugir e de se esconder, foram obrigados a sair. A figura majestosa, resplandecente de luz, voltou a aparecer. Adão e Eva, de cabeça baixa, saíram dos seus esconderijos, mas não se atreveram a olhar para o seu Senhor. Olharam um para o outro, e ambos reconheceram a sua culpa pela desobediência.
Nesse momento, Deus indicou-lhes uma planície ainda mais baixa do que aquela em que se encontravam. Nela havia arbustos e árvores. Ao chegarem lá, tornaram-se humildes e, pela primeira vez, compreenderam corretamente a sua miserável condição e o seu pecado. Vi-os rezar quando ficaram sozinhos. Separavam-se, ajoelhavam-se e levantavam as mãos com lágrimas e gritos. Enquanto os contemplava, pensei no quanto é benéfico e saudável estar sozinho e rezar. Nessa altura, Adão e Eva estavam vestidos com uma roupa que ia dos ombros até aos joelhos, cingida à cintura por uma tira da casca interior de uma árvore.
Enquanto os nossos primeiros pais desciam e se afastavam cada vez mais do lugar da sua criação, o próprio Paraíso, parecia, como uma nuvem, subir cada vez mais alto acima deles. Então, um anel de fogo, como o círculo que às vezes se vê ao redor do sol e da lua, desceu do céu, e se estabeleceu em torno da altura sobre a qual estava o Paraíso.
Adão e Eva tinham estado apenas um dia no Paraíso. Agora vejo o Paraíso muito, muito longe, como uma faixa de terra diretamente sob o ponto do nascer do sol. Quando o sol nasce, ele levanta-se à direita dessa faixa de terra, que fica a leste da Montanha do Profeta, exatamente onde o sol nasce. Parece-me um ovo suspenso sobre uma água indescritivelmente límpida que o separa da terra. A Montanha do Profeta é, por assim dizer, um promontório que se ergue através dessa água. Nessa montanha, veem-se regiões extraordinariamente verdejantes, quebradas aqui e ali por profundos abismos e ravinas cheias de água. Vi, de facto, pessoas subirem à Montanha do Profeta, mas não foram muito longe.
Vi Adão e Eva chegarem à terra, o seu lugar de penitência. Oh, que visão comovente - aquelas duas criaturas expiando a sua falta sobre a terra nua! Adão tinha sido autorizado a trazer do Paraíso um ramo de oliveira, e agora plantava-o. Mais tarde, a Cruz foi feita da sua madeira. Mais tarde, a cruz foi feita com a sua madeira. Adão e Eva estavam indizivelmente tristes. Onde eu os via, mal podiam vislumbrar o Paraíso, e desciam cada vez mais baixo. Parecia que alguma coisa girava e eles chegaram finalmente, através da noite e da escuridão, ao lugar miserável, miserável, no qual tinham de fazer penitência.
Leia o próximo capítulo das Revelações à Beata Ana Catarina Emmerick
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