O Antigo Testamento: A Promessa da Redenção - Parte VII
- Cláudia Pereira
- 19 de abr.
- 4 min de leitura
Atualizado: 8 de mai.
A Beata Ana Catarina Emmerick (em alemão: Anna Katharina Emmerich), nasceu em 8 de setembro de 1774 em Coesfeld e faleceu em 09 de fevereiro de 1824 em Dülmen na Alemanha. Foi uma freira agostiniana, grande mística e estigmatizada, elevada aos altares pelo Papa São João Paulo II a 3 de outubro de 2004.
A Promessa da Redenção
Visões da Beata Catarina Emmerick
Parte VII - A Promessa da Redenção
Depois da Queda do Homem, Deus deu a conhecer aos anjos, o Seu plano para a restauração da raça humana.
Eu vi o trono de Deus. Vi a Santíssima Trindade e um movimento nas Pessoas Divinas. Vi os nove coros de anjos, e Deus, a anunciar-lhes o caminho pelo qual iria restaurar a raça caída. Vi a alegria inexprimível e o júbilo dos anjos perante o anúncio.
Vi aquela colina reluzente de pedras preciosas de Adão, surgir diante do trono de Deus, como se fosse carregada por anjos. Ela teve degraus cortados, aumentou de tamanho, tornou-se um trono, uma torre, e estendeu-se por todos os lados até abraçar todas as coisas.
Vi os nove coros de anjos à sua volta e, acima dos anjos do Céu, vi a imagem da Imaculada Virgem. Não era Maria no tempo; mas em Deus, e na eternidade. A Virgem entrou na torre, que se abriu para a receber, e pareceu tornar-se una com ela. Depois vi sair da Santíssima Trindade uma aparição que, de igual modo, entrou na torre.

Entre os anjos, reparei numa espécie de ostensório em que todos trabalhavam. Tinha a forma de uma torre, e sobre ela havia toda a espécie de esculturas misteriosas. Perto dele, de cada lado, estavam duas figuras com as mãos unidas a abraçá-lo. A cada instante, tornava-se maior e mais magnífico. Vi algo de Deus passar por entre os coros angélicos e entrar no ostensório. Era algo sagrado e resplandecente, que se tornava mais nítido quanto mais se aproximava do ostensório. Pareceu-me ser o germe da Bênção divina para uma descendência pura, que tinha sido dada a Adão, mas retirada quando ele estava prestes a dar ouvidos a Eva e a consentir em comer o fruto proibido. É a Bênção que foi novamente concedida a Abraão, e retirada a Jacob, quando lutava com o anjo. Foi depositada por Moisés na Arca da Aliança, e por fim, recebida por Joaquim, pai de Maria, para que Maria fosse tão pura na sua Conceção, como Eva ao sair do lado de Adão adormecido.
O ostensório, também foi para a torre. Vi um cálice preparado pelos anjos. Tinha a mesma forma que o cálice usado na Última Ceia, e entrava também na torre. Na parte exterior direita da torre, vi, como se estivessem numa nuvem dourada, uma espiga de trigo e uma videira entrelaçados como duas mãos que se ligam. Deles brotava um ramo, toda uma árvore genealógica, em cujos ramos havia pequenas figuras de homens e mulheres de mãos dadas. A sua flor mais alta era o Presépio com o Menino.
Depois, vi em imagens o mistério da Redenção, desde a Promessa até à plenitude dos tempos, e nas imagens laterais, vi os efeitos de uma ação contrária diabólica.
Finalmente, sobre a rocha brilhante, vi uma grande e magnífica igreja. Era a Igreja Una, Santa e Católica, que traz viva em si a salvação do mundo inteiro. A ligação destas imagens umas com as outras e a sua transição de uma para outra, era maravilhosa. Vi que mesmo o mal e o perverso, mesmo o que foi rejeitado pelos anjos como impróprio, serviam, afinal, para o maior desenvolvimento da salvação e redenção. E assim, vi o antigo Templo erguer-se de baixo para cima; era muito grande e parecido com a Igreja Santa, mas não tinha torre. Foi empurrado para um lado pelos anjos, e ali ficou inclinado. Vi uma grande concha de mexilhão (culto idolátrico) aparecer e tentar entrar à força no antigo Templo, mas também ela foi afastada pelos anjos guardiões.
Vi aparecer uma torre larga e rombuda (pirâmide egípcia), por cujas portas passavam numerosos rostos como os de Abraão e os filhos de Israel. Isso indicava a escravidão dos judeus no Egito. Também essa pirâmide foi descartada, assim como outra torre egípcia de vários andares, que significava a observação vã das estrelas, a astrologia e a adivinhação. Finalmente, vi um templo egípcio, que também foi afastado, ficando inclinado sobre sua base.
Por fim, tive uma visão sobre a Terra, tal como Deus tinha mostrado a Adão a redenção, ou seja, que uma Virgem se levantaria, e lhe restituiria a salvação que ele tinha perdido. Adão não sabia quando isso iria acontecer, e vi a sua profunda tristeza porque Eva só lhe tinha dado filhos, mas finalmente ela teve uma filha.
Vi Noé e o seu sacrifício, durante o qual ele recebeu a Bênção de Deus. Depois tive visões de Abraão, da sua Bênção, e da promessa de um filho, Isaac. Vi a Bênção a descer de primogénito em primogénito, e sempre transmitida com uma ação sacramental.
Vi Moisés, na noite da saída de Israel do Egito, tomar posse do Mistério Sagrado (o germe da descendência da pura, retirado de Adão), que só Aarão conhecia. Vi-O depois na Arca da Aliança. Só os Sumos Sacerdotes e alguns santos, por revelação de Deus, tinham conhecimento dele.
Vi a transmissão deste Mistério Sagrado, através da árvore genealógica de Jesus Cristo, até Joaquim e Ana, o casal mais puro e santo que jamais existiu, e do qual nasceu Maria, a Virgem imaculada. E depois, vi Maria tornar-se a Arca viva da Aliança de Deus.
Leia o próximo capítulo das Revelações à Beata Ana Catarina Emmerick
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Que Deus vos proteja e abençoe por toda a eternidade.




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