A Confissão

A absolvição sacramental livra a pessoa do inferno, as indulgências e os atos de reparação, livram a pessoa do purgatório.

O perdão dos pecados, através do Sacramento da Confissão, apesar de restaurar a nossa amizade com Deus, não resolve o nosso problema das doenças espirituais, que são a nossa tendência para os pecados capitais como a soberba (orgulho), a avareza, a inveja, a ira, a luxúria, a gula e a preguiça. Por isso, as indulgências e os atos de reparação, têm um papel importante e necessário, para que os efeitos do pecado, ainda no coração humano, sejam curados e na remissão do tempo do purgatório. 

A indulgência é uma iniciativa da Igreja que como mãe, vem socorrer os fieis que fazem penitência, para aliviá-la.

A Indulgência plenária (total), como o próprio nome diz, ela redime totalmente a pena que a pessoa teria que cumprir no purgatório. Enquanto a parcial, redime só parte da pena. A Indulgência plenária é totalmente eficaz e definitiva para as pessoas que já morreram. Por exemplo, eu posso cumprir uma obra indulgenciada por um familiar ou amigo que tenha falecido, para que essa pessoa fique imediatamente liberta de todo o tempo do seu purgatório.

As três condições básicas que acompanham sempre as obras e as práticas em que Igreja dá indulgência plenária ou parcial são:

1. Confissão individual, rejeitando todos os pecados (basta uma confissão para várias indulgências);

2. Receber a Sagrada Eucaristia,

3. A oração pelo Santo Padre, o Papa, pelo menos um Pai-Nosso, Ave-Maria e Glória ao Pai. Não é necessário que tudo seja feito no mesmo dia.

Se uma pessoa estiver em estado de pecado, numa situação irregular e não se puder confessar, não pode receber indulgência porque não está disposta a abandonar a vida de pecado.

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O Manual das Indulgências, aprovado pelo Papa São Paulo VI, na Constituição das Indulgências (1967) mostra-nos algumas práticas que permitem receber uma Indulgência. Aqui ficam alguns exemplos:

1 – adoração ao Santíssimo Sacramento pelo menos por meia hora (concessão n. 3); ou

2 – leitura espiritual da Sagrada Escritura ao menos por meia hora (concessão n. 50); ou

3 – piedoso exercício da Via-Sacra (concessão n. 63); ou

4 – recitação do Rosário de Nossa Senhora na igreja, no oratório, na família; ou na comunidade religiosa ou em piedosa associação (concessão n. 63).

As indulgências são uma prática antiga na Igreja, que sofreu algumas incompreensões em determinados momentos da história. A confusão gerada em torno das indulgências, deve-se principalmente, à reação de Martinho Lutero, em relação àquilo que era a prática das indulgências na Alemanha, na época da reforma protestante. A Igreja Católica acredita que estas práticas de penitência que os fies fazem, podem verdadeiramente reduzir a pena do purgatório. Seja do próprio fiel, sejam das almas que estão no purgatório. Entre essas várias práticas penitencial, existe a esmola. O problema aconteceu quando, na Alemanha, do tempo de Lutero, século XVI, houveram alguns pregadores que abusaram da prática da esmola, e começou a haver uma espécie de venda das indulgências, ou seja, as pessoas devem receber a indulgência gratuitamente, mas na época, obra penitencial que lhes era exigida era uma esmola. Então, isso fazia parecer que os pregadores estavam vender a indulgência. Lutero revoltou-se contra isso e a partir da sua reação começou a revolta protestante.