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O Antigo Testamento: A família de Adão - Parte IX

  • Cláudia Pereira
  • 6 de mai.
  • 5 min de leitura

Atualizado: 8 de mai.


A Beata Ana Catarina Emmerick (em alemão: Anna Katharina Emmerich), nasceu em 8 de setembro de 1774 em Coesfeld e faleceu em 09 de fevereiro de 1824 em Dülmen na Alemanha. Foi uma freira agostiniana, grande mística e estigmatizada, elevada aos altares pelo Papa São João Paulo II a 3 de outubro de 2004.



A família de Adão

Visões da Beata Catarina Emmerick



Parte IX - A família de Adão

Vi Adão e Eva chegarem à região do Monte das Oliveiras. O país era muito diferente do que é atualmente, mas garantiram-me que era o mesmo. Vi Adão e Eva a viver e a fazer penitência, na parte do Monte das Oliveiras sobre a qual Jesus suou sangue. Eles cultivavam o solo.

Vi-os rodeados de filhos. Estavam em grande aflição e imploraram a Deus que lhes concedesse uma filha, pois tinham recebido a promessa de que a semente da mulher esmagaria a cabeça da serpente.

Eva teve filhos em determinados intervalos. Depois de cada nascimento, era sempre dedicado um certo número de anos à penitência. Foi depois de sete anos de penitência, que Seth, o filho da promessa, nasceu de Eva na Gruta do Presépio, onde também um anjo anunciou a Eva que Seth era a semente que Deus lhe dera em lugar de Abel. Durante muito tempo, Seth esteve escondido nessa gruta e em outra gruta próxima, a gruta em que Abraão foi depois amamentado, porque seus irmãos o perseguiam para matá-lo, assim como os irmãos invejosos perseguiram José.


A família de Adão
A família de Adão

Uma vez, vi cerca de doze pessoas: Adão, Eva, Caim, Abel, duas irmãs e algumas crianças pequenas. Estavam todos vestidos com peles, lançadas sobre os ombros como um escapulário e cingidas à cintura. O vestido feminino era largo e cheio à volta do peito, onde servia de bolso. Caía à volta dos membros, era apertado nos lados e uma vez debaixo do braço. Ao redor das pernas estavam mais abertas e amarradas com ataduras dos lados. Os homens usavam vestidos mais curtos, com um bolso preso para guardar os seus pertences. As peles de que eram feitos os seus vestidos eram, desde o pescoço até ao cotovelo, extremamente finas e brancas. Todos eles pareciam muito nobres e bonitos nas suas roupas.

Naquela altura, tinham cabanas parcialmente enterradas na terra, cobertas de galhos e plantas como telhado. Notei que tinham uma perfeita organização doméstica. Vi pomares de árvores de fruto baixas, mas bastante vigorosas. Havia também cereais, como o trigo, que Deus tinha dado a Adão como semente. Não me lembro de ter visto videiras nem trigo no Paraíso.

Nenhum dos produtos do Paraíso tinha de ser preparado para ser comido. Essa preparação é uma consequência do pecado e, portanto, um símbolo de trabalho e de sofrimento. Deus deu a Adão o que era necessário para ele semear. Lembro-me de ter visto homens que pareciam anjos, levando algo a Noé quando ele entrou na arca. Pareceu-me ser um ramo de videira espetado numa maçã.

Nessa altura, crescia uma espécie de trigo selvagem e, no meio dele, Adão teve de semear o trigo bom. Isso melhorava o trigo o silvestre durante algum tempo, mas depois, voltou a degenerar e tornou-se cada vez pior. O trigo selvagem, era excelente naqueles tempos primitivos. Era mais exuberante a leste, na Índia ou na China, onde ainda havia poucos habitantes. Em regiões onde abundam videiras e há águas com peixes, esse cereal não prospera.

Naqueles tempos, bebia-se o leite dos animais e comia-se também queijo seco ao sol. Entre os animais, reparei sobretudo nas ovelhas. Todos os animais que Adão tinha nomeado no Jardim do Éden, seguiram-no depois para a terra; mas fugiam dele, e Adão tinha que os atrair e domesticá-los, dando-lhes alimentos. Vi pássaros a saltitar, pequenos animais a correr e todo o tipo de criaturas a saltar, como antílopes, veados, etc.

A ordem doméstica era bastante patriarcal. Vi os filhos de Adão a comer numa cabana. Os alimentos estavam colocados sobre uma grande pedra que servia de mesa. Vi-os também a rezar e a dar graças pela comida. Deus tinha ensinado Adão a oferecer sacrifícios; ele era o sacerdote da sua família. Caim e Abel, também eram sacerdotes nas suas famílias. Vi que até os preparativos para os seus sacrifícios, eram feitos numa cabana separada.

Na cabeça, usavam gorros feitos de folhas e dos seus caules entrelaçados. A aparência e a cor de seus rostos era algo formoso e brilhante, como seda, e tinham cabelos loiros cor de ouro. Adão usava o cabelo comprido. A barba era curta no início, mas depois deixou-a crescer. Eva, no início, usava os cabelos compridos e soltos; mais tarde, tinha-os entrançados, presos sobre a cabeça como uma coifa.

O fogo que usavam, era como brasas que conservavam escondidas em buracos no solo. Foi dado ao homem pelo Céu, e o próprio Deus lhes ensinou o seu uso. Eles queimavam como combustível uma substância amarela que parecia terra ou argila.

Não os vi cozinhar. Em invés disso, os alimentos eram apenas secos ao sol e o trigo, depois de ser triturado, colocado em pequenas cavidades feitas no solo, cobertas com cobertores feitos de galhos entrelaçados. Deus, deu-lhes o trigo, a cevada e o centeio, e ensinou-lhes a cultivá-los. Não se comia carne antes da morte de Abel. Deus, guiava o homem em todos os seus trabalhos e necessidades básicas.

Na época, não vi grandes rios, como por exemplo, o rio Jordão; mas brotavam fontes que eles dividiam em canais ou represavam em lagoas.

Uma vez, tive uma visão do monte Calvário. Vi nele um profeta, companheiro de Elias. Nessa altura, o monte estava cheio de grutas e sepulcros. O profeta entrou numa das grutas e, de um sarcófago de pedra cheio de ossos, tirou o crânio de Adão. Imediatamente um anjo apareceu diante dele, dizendo: «Este é o crânio de Adão», e proibiu-o de o retirar. Sobre o crânio estavam espalhados alguns cabelos finos e amarelos. A partir do relato do profeta sobre o sucedido, o local recebeu o nome de “O Lugar das Caveiras” (Calvário). A Cruz de Cristo estava em linha reta por cima daquele crânio na altura da Sua Crucificação. Foi-me dito interiormente, que o local sobre o qual repousa a caveira, é o ponto médio da Terra. Disseram-me a distância leste, sul e oeste em números, mas esqueci-me deles.


Leia o próximo capítulo das Revelações à Beata Ana Catarina Emmerick


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