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O Antigo Testamento: A Árvore da Vida e a Árvore do Conhecimento - Parte IV

  • Cláudia Pereira
  • 12 de abr.
  • 4 min de leitura

Atualizado: há 6 dias


A Beata Ana Catarina Emmerick (em alemão: Anna Katharina Emmerich), nasceu em 8 de setembro de 1774 em Coesfeld e faleceu em 09 de fevereiro de 1824 em Dülmen na Alemanha. Foi uma freira agostiniana, grande mística e estigmatizada, elevada aos altares pelo Papa São João Paulo II a 3 de outubro de 2004.



A Árvore da Vida e a Árvore do Conhecimento

Visões da Beata Catarina Emmerick




Parte IV - A Árvore da Vida e a Árvore do Conhecimento do bem e do mal

No centro do jardim resplandecente, vi um lençol de água, no qual se encontrava uma ilha, ligada à terra, oposta por um cais. Tanto a ilha como o cais, estavam cobertos de belas árvores, mas no meio da ilha, havia uma árvore mais magnífica do que as outras. Erguia-se sobre elas como se as guardasse. As suas raízes, estendiam-se por toda a ilha, assim como os seus ramos, que eram largos em baixo, e afunilavam para um ponto acima. Os seus ramos eram horizontais e, a partir deles, surgiam outros, como pequenas árvores. As folhas eram finas, o fruto amarelo e séssil num cálice frondoso, como uma rosa em botão. Era algo parecido com um cedro. Não me lembro de ter visto Adão, Eva, ou qualquer animal perto dessa árvore na ilha. Mas vi belos pássaros brancos, de aspeto nobre, e ouvi-os cantar nos seus ramos. Essa árvore, era a Árvore da Vida.

Pouco antes do cais que conduzia à ilha, erguia-se a Árvore do Conhecimento do bem e do mal. O tronco era escamoso como o de uma palmeira. As folhas, que se estendiam diretamente do caule, eram muito grandes e largas, com a forma da sola de um sapato. Escondidos na parte anterior das folhas, pendiam os frutos, agrupados em cinco, um à frente e quatro à volta do caule. O fruto amarelo, tinha a forma de uma maçã, mas era mais parecido com uma pera ou um figo. Tinha cinco costelas, que se uniam numa pequena cavidade. Por dentro, era polposo como um figo, da cor do açúcar mascavado, e raiado de veias vermelho-sangue. A árvore, era mais larga em cima do que em baixo, e os seus ramos lançavam raízes profundas no solo. Ainda vejo uma espécie desta árvore, nos países quentes. Os seus ramos lançam rebentos para a terra, onde se enraízam e se erguem como novos troncos. Estes, por sua vez, dão origem a ramos e, assim, uma só árvore cobre muitas vezes uma grande extensão de terreno. Famílias inteiras, habitam sob a densa folhagem.


A Árvore da Vida e a Árvore do Conhecimento
A Árvore da Vida e a Árvore do Conhecimento

A alguma distância, à direita da Árvore do Conhecimento, vi uma pequena colina oval, suavemente inclinada, com grãos vermelhos brilhantes, e todos os tipos de pedras preciosas. Era um terraço de cristais. À sua volta havia árvores esguias, suficientemente altas para intercetar a vista. À sua volta, cresciam plantas e ervas, que, tal como as árvores, davam flores coloridas e frutos nutritivos.

A alguma distância, à esquerda da Árvore do Conhecimento, vi uma encosta, um pequeno vale. Parecia argila mole, ou nevoeiro, e estava coberto de pequenas flores brancas e de pólen. Também aqui, havia vários tipos de vegetação, mas todos incolores, mais parecidos com pólen do que com frutos.

Parecia que estes dois lugares, a colina e o vale, tinham uma relação íntima, um com o outro: como se o monte tivesse sido retirado do vale, ou como se algo do monte devesse ser transplantado para o vale. Eram um para a outro, como uma semente é para o campo. Ambos me pareciam santos, e vi que ambos, mas sobretudo a colina, resplandeciam de luz. Entre eles, e a Árvore do Conhecimento, havia diferentes tipos de árvores e arbustos. Eram todos, como tudo na natureza, transparentes, como se fossem feitos luz.

Parecia que estes dois, o monte e o vale, tinham alguma referência um ao outro, como se o monte tivesse sido retirado do vale, ou como se algo do primeiro devesse ser transplantado para o segundo. Eram uma para a outra o que a semente é para o campo. Ambas me pareciam santas, e vi que ambas, mas sobretudo a colina, brilhavam de luz. Entre eles e a Árvore do Conhecimento havia diferentes tipos de árvores e arbustos. Eram todos, como tudo na natureza, transparentes como se fossem formados de luz. Estes dois lugares, eram as moradas dos nossos primeiros pais. A árvore do conhecimento separava-os. Penso que Deus, após a criação de Eva, lhes indicou esses lugares.

Vi que Adão e Eva estavam pouco juntos no início. Vi-os perfeitamente livres de paixão, cada um se retirava para seu lugar de preferência. Os animais tinham um aspeto indescritivelmente nobre e resplandecente, e serviam Adão e Eva. Cada um tinha seu lugar de retiro, segundo sua natureza e seus caminhos, segundo suas classes. Todos os lugares, dos diversos animais e das suas classes, continham em si mesmas, um grande mistério da Lei Divina, e todas estavam ligadas umas às outras.


Leia o próximo capítulo das Revelações à Beata Ana Catarina Emmerick


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