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O Antigo Testamento: Noé e o Dilúvio - Parte XIV

  • Cláudia Pereira
  • 12 de mai.
  • 3 min de leitura

A Beata Ana Catarina Emmerick (em alemão: Anna Katharina Emmerich), nasceu em 8 de setembro de 1774 em Coesfeld e faleceu em 09 de fevereiro de 1824 em Dülmen na Alemanha. Foi uma freira agostiniana, grande mística e estigmatizada, elevada aos altares pelo Papa São João Paulo II a 3 de outubro de 2004.



Noé e o Dilúvio

Visões da Beata Catarina Emmerick



Parte XIV – Noé e o Dilúvio

 

Agora aproximava-se o momento do Dilúvio. Noé já o tinha anunciado à sua família. Levou consigo para a arca Sem, Cham e Jafet, com as suas mulheres e os seus filhos. Havia na arca, netos de cinquenta a sessenta anos de idade, com seus filhos pequenos e grandes. Com Noé, entraram todos os que tinham trabalhado na sua construção, que eram bons e livres de idolatria. Havia cerca de cem pessoas lá dentro, o que era necessário, para dar a alimentação a tantos animais que precisavam, e para fazer a limpeza dos compartimentos.

Devo dizer, porque vejo sempre assim, que os filhos de Sem, de Cham e de Jafet entraram todos na arca. Havia lá muitos meninos e meninas, na realidade, todos os descendentes de Noé que permaneceram bons.

«Àqueles que outrora, no tempo de Noé, tinham sido rebeldes, quando Deus esperava com paciência enquanto se construía a arca. Nela, um pequeno grupo de pessoas, apenas oito, foram salvas pela água.»  (1 Pedro 3, 20)

A Sagrada Escritura menciona apenas três dos filhos de Adão, Caim, Abel e Sete; no entanto, vejo muitos outros entre eles, e vejo-os sempre aos pares, rapazes e raparigas. E assim também, em 1 Pedro 3, 20; apenas oito almas são mencionadas como salvas na arca, ou seja, os quatro casais ancestrais pelos quais, após o Dilúvio, a Terra seria povoada. Eu também vi Hom na arca. A criança estava presa por uma pele a um berço de casca de árvore, em forma de gamela. Vi muitas crianças embaladas de forma semelhante, flutuando nas águas do Dilúvio.

Quando a arca se elevou sobre as águas, quando multidões de pessoas nas montanhas circundantes e nas árvores altas choravam e lamentavam, quando as águas estavam cobertas com os corpos flutuantes dos afogados e com árvores arrancadas, Noé e a sua família já estavam seguros lá dentro. Antes de entrar na arca com a sua mulher, os seus três filhos e as suas mulheres, Noé implorou mais uma vez a misericórdia de Deus.

Depois de todos terem entrado, Noé puxou a tábua e fechou a porta. Deixou do lado de fora os parentes próximos e as suas famílias que, durante a construção da arca, se tinham separado dele. Então, irrompeu uma tempestade terrível. Os relâmpagos brincavam em colunas de fogo, as chuvas caíam em torrentes, e a colina sobre a qual estava a arca, logo se tornou uma ilha. A calamidade foi tão grande que eu acredito que muitos devem ter se convertido, ao menos por medo.


Noé e o Dilúvio

Vi um demónio, negro e hediondo, com mandíbulas pontiagudas e uma longa cauda, que andava de um lado para o outro na tempestade e tentava os homens ao desespero. Sapos e serpentes procuravam esconder-se nas fendas da arca. Moscas e vermes eu não vi. Eles surgiram mais tarde para atormentar os homens.

Vi Noé a oferecer sacrifícios na arca, sobre um altar coberto com panos brancos e vermelhos. Numa caixa redonda, estavam guardados os ossos de Adão, que ele colocava sobre o altar quando rezava e fazia sacrifícios.

Vi sobre seu altar, o cálice que Nosso Senhor usou na Última Ceia, que durante a construção da arca, tinha sido trazido a Noé, por três figuras com longas vestes brancas. Pareciam os três homens que anunciaram a Abraão o nascimento do seu um filho. Eles vinham de uma cidade que, depois do dilúvio, afundou, e falaram com Noé, dizendo que, já que ele era um homem de fama, deveria levar dentro da arca esse cálice, que continha um grande mistério, para que não se perdesse no desastre do dilúvio. Nele havia um grão de trigo, grande como uma semente de girassol, e um ramo de videira. Noé, enfiou ambos numa maçã amarela e colocou-a no Cálice. O Cálice não tinha tampa, porque o ramo devia crescer a partir dele.

Mais tarde, vi esse cálice na posse de um descendente de Sem, que viveu após a dispersão de Babel na terra de Semíramis e que foi pai dos Samanes, que foram tirados pelo trabalho de Melquisedeque do poder de Semíramis e transferidos para a terra de Canaã, levando consigo esse cálice misterioso.


Leia o próximo capítulo das Revelações à Beata Ana Catarina Emmerick


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