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O Pecado e a Penitência

  • Carla Nogueira
  • 14 de out.
  • 3 min de leitura
Adão e Eva. 1550. Tiziano Vecelli
Adão e Eva. 1550. Tiziano Vecelli

O pecado

O pecado é contrário ao amor que Deus nos tem, e afasta d’Ele os nossos corações. Isto é, o pecado é o amor de si próprio levado até ao desprezo de Deus. Existem diversos pecados, os quais serão julgados de acordo com a sua gravidade. A tradição da Igreja, distingue dois tipos de pecado: venial e mortal.


O pecado mortal refere-se a uma infração grave à lei de Deus. Por outras palavras, todo o ato que se opõe ao cumprimento dos dez mandamentos é considerado pecado grave, no entanto, só será pecado mortal quando se verificarem três condições:

  • Quando o ato cometido é matéria grave (infringe os dez mandamentos),

  • Quando o ato é cometido em plena consciência;

  • Quando o ato é cometido com propósito deliberado e com total consentimento.

Reunidas estas condições, o pecado grave passa a mortal e destrói a caridade no coração do homem e priva a pessoa da graça santificante, ou seja, do estado de graça.

Se não for resgatado pelo arrependimento e pelo perdão de Deus no sacramento da reconciliação, originará a exclusão do reino de Cristo e a morte eterna no inferno. Importa ainda compreender que a ignorância involuntária pode diminuir ou até mesmo desculpar a imputabilidade de uma falta grave.


O pecado venial designa todo o ato que não ofende gravemente a Deus e que deixa subsistir a caridade, no entanto ofendendo-a, ferindo-a e enfraquecendo-a. Neste caso, o homem continua herdeiro da Céu, no entanto será necessária uma reparação do pecado, que se não for concluída cá, dará direito a uma passagem pelo purgatório.



A Penitência

Em primeiro lugar, o cristão deve olhar para toda a sua vida e fazer um devido exame de consciência, com objetivo de realizar uma redentora confissão, que volte a restabelecer a ligação com Deus quebrada ao longo dos anos devido ao pecado e à atuação do demónio.

Para que Deus perdoe todos os pecados, é necessário o recurso ao Sacramento da Confissão junto de um sacerdote (idealmente um confissão mensal). No Sacramento da Confissão, a alma livra-se da pena eterna, livra-se do inferno, uma vez que recebe o perdão dos pecados confessados de forma contrita, com verdadeiro arrependimento e propósito de não voltar a pecar, Os pecados devem ser apresentados de forma exata (quando, como, onde, quantas vezes, etc; como se Deus deles nada soubesse).

A penitência, por seu lado, repara as impurezas que os pecados deixaram na alma e livra a alma da pena temporal devida ao pecado - livra do purgatório.

Muitas vezes, as pessoas questionam-se sobre a necessidade da confissão ao sacerdote, uma vez que Deus tudo vê e tudo sabe. Além disso, nota-se uma falta da confiança nos sacerdotes. Bem, a confissão resume-se a um dos maiores atos de amor que se pode oferecer a Deus, no qual, por pura obediência à vontade de Deus, o penitente vai expor a sua vida de pecado. De facto, Ele tudo sabe, só espera que Lhe demonstremos um pouco de amor, indo ao sacramento da confissão, para nos perdoar os pecados. A vida com Deus Pai, Filho e Espírito Santo está centrada no Amor.

Antes de passarmos ao sacramento da confissão e às formas de penitência que podemos praticar de forma a reparar os pecados cometidos, é necessário, em primeiro lugar, olhar para os dez mandamentos, para os cinco preceitos da Santa Igreja, para os pecados Capitais e para os pecados contra o Espírito Santo. Estes devem ser o guia para quem quer viver na graça de Deus e um precioso apoio para um verdadeiro exame da consciência.

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