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No meio do meu sofrimento, que missão me chama Deus a cumprir? – Mistérios Dolorosos do Rosário de 15 de julho

  • Cláudia Pereira
  • 15 de jul.
  • 15 min de leitura

Como rezar o Rosário (Terço)?

Meditação guiada diária para 15 de Julho de 2025



Esquema de oração do Rosário (Terço)

Quer seja um iniciante, ou alguém com uma vida de oração mais sólida, no meio da correria do dia-a-dia, é sempre difícil conseguir o silêncio, recolhimento e a motivação necessária para falar com Jesus e Maria, e rezar o Santo Rosário (Terço). Por isso, vamos tentar trazer-lhe todos os dias, um roteiro de meditação diária, para que mergulhe nos mistérios da vida de Jesus e da Santíssima Virgem Maria, como um alimento espiritual que o ajudará a fazer vontade de Deus Pai, a aprender com Jesus, Deus Filho, e a amar como o Divino Espírito Santo.

Nota: Se quiser continuar a rezar mais mistérios, no fim do 5.º Mistério, anuncia o 1.º Mistério do grupo seguinte de mistérios. Por exemplo; supondo que terminou de rezar o 5.º Mistério dos Mistérios Gozosos (A perda e encontro do Menino Jesus no templo), não faz a conclusão, e anuncia o 1.º Mistério dos Mistérios Luminosos, que seria "O Batismo de Jesus no rio Jordão". Só fará a conclusão, quando efetivamente terminar de rezar esse ou outro grupo de mistérios.



Mistérios Dolorosos do Rosário

Terças-feiras e Sextas feiras


Sinal da Cruz

Pelo sinal da Santa Cruz, livrai-nos Deus, Nosso Senhor, dos nossos inimigos. Em nome do Pai,do Filho e do Espírito Santo. Amém.


Oferecimento do Rosário

Meu Senhor e meu Deus, coloco-me na Vossa presença. Uno-me a todos os santos que estão no Céu, a todos os justos que estão sobre a Terra, e a todas as almas fiéis que estão neste lugar. Uno-me a Vós, meu Jesus, para louvar dignamente a Vossa Santa Mãe, e louvar-Vos a Vós, n’Ela e por Ela. Renuncio a todas as distrações que me sobrevierem durante este Rosário, que quero recitar com modéstia, atenção e devoção, como se fosse o último da minha vida.

Divino Jesus, nós Vos oferecemos este terço que vamos rezar, meditando nos mistérios da Vossa Redenção. Concedei-nos, por intercessão da Virgem Maria, Mãe de Deus e nossa Mãe, as virtudes que nos são necessárias para bem rezá-lo e a graça de ganharmos as indulgências desta santa devoção.

Oferecemos, particularmente:

  • Para desagravo e reparação dos pecados cometidos contra o Sagrado Coração de Jesus e o Imaculado Coração de Maria;

  • Pela conversão dos pecadores;

  • Pelo Santo Padre e pelas suas intenções; (indispensável para alcançar indulgência)

  • Pelas almas do Purgatório;

  • Pela paz no mundo;

  • Pela santificação dos sacerdotes e da Santa Igreja;

  • Pelo nosso pároco;

  • Pela santificação das famílias e proteção das crianças;

  • Pelos cristãos que sofrem de perseguição;

  • Pelas missões;

  • Por novas e santas vocações;

  • Pelos pobres, doentes e agonizantes;

  • Pelo nosso país;

  • E pelas intenções que cada um traz em seu coração.


Credo (Segurando a Cruz do Rosário)

Santíssima Trindade, ​nós Vos oferecemos este Credo para honrar todos os mistérios da nossa Fé; este Pai-Nosso e estas três Ave-Marias para honrar a unidade da Vossa essência e a trindade das Vossas Pessoas. Pedimos-Vos uma fé viva, uma esperança firme e uma caridade ardente.

Creio em Deus, Pai todo-poderoso, Criador do Céu e da Terra e em Jesus Cristo, seu único Filho, nosso Senhor, que foi concebido pelo poder do Espírito Santo; nasceu da Virgem Maria; padeceu sob Pôncio Pilatos, foi crucificado, morto e sepultado; desceu à mansão dos mortos; ressuscitou ao terceiro dia; subiu aos Céus; está sentado à direita de Deus Pai todo-poderoso, de onde há de vir a julgar os vivos e os mortos.

Creio no Espírito Santo; na Santa Igreja Católica; na Comunhão dos Santos; na Remissão dos Pecados; na Ressurreição da Carne; e na Vida Eterna. Amén.


Pai-Nosso

Pai-Nosso que estais no Céu, santificado seja o Vosso nome; venha a nós o Vosso reino, seja feita a Vossa vontade, assim na Terra como no Céu. O pão nosso de cada dia nos dai hoje; perdoai-nos as nossas ofensas, assim como nós perdoamos a quem nos tem ofendido; e não nos deixeis cair em tentação, mas livrai-nos do mal. Amén.


3 Avé-Marias

  • Louvemos a Maria, Filha bem-amada do Pai Eterno: Ave Maria…

  • Louvemos a Maria, Mãe admirável de Deus Filho: Ave Maria…

  • Louvemos a Maria, Esposa fidelíssima do Espírito Santo: Ave Maria…

Avé Maria, cheia de graça, o Senhor é convosco; bendita sois Vós entre as mulheres, e bendito é o fruto do Vosso ventre, Jesus. Santa Maria, Mãe de Deus, rogai por nós, pecadores, agora e na hora da nossa morte. Amén.


  • Glória ao Pai, ao Filho e ao Espírito Santo, como era no princípio, agora e sempre. Ámen.


Invocação do Espírito Santo (opcional)

Vinde, Espírito Santo, enchei os corações dos vossos fiéis e acendei neles o fogo do vosso amor. Enviai Senhor o vosso Espírito e tudo será criado e renovareis a face da terra.

Oremos; Ó Deus, que instruístes os corações dos vossos fiéis com a luz do Espírito Santo, fazei que apreciemos retamente todas as coisas segundo o mesmo espírito e gozemos sempre da Sua consolação. Por Cristo, Senhor Nosso. Amén.

ou

Para fazer o Cenáculo com Maria:

Vinde, Espírito Santo, vinde por meio da poderosa intercessão do Imaculado Coração de Maria, Vossa amadíssima esposa. (3x)


Contemplemos os Mistérios Dolorosos do Rosário...


A Agonia de Jesus no Horto das Oliveiras

1.º MISTÉRIO


Cristo e os seus discípulos entram no Jardim do Getsémani
"A Agonia no Jardim". 1597-1598. Giuseppe Cesari

Evangelho de Nosso Senhor Jesus Cristo segundo São Lucas 22, 39-45

Jesus saiu, então, e foi, como de costume, para o monte das Oliveiras. E os discípulos seguiram também com Ele. Quando chegou ao local, disse-lhes: «Orai para que não entreis em tentação». Depois afastou-Se bruscamente deles até à distância de um tiro de pedra, aproximadamente, e, posto de joelhos, começou a orar, dizendo: «Pai, se quiseres, afasta de Mim este cálice, não se faça, contudo, a Minha vontade, mas a Tua». Então vindo do Céu, apareceu-Lhe um anjo que O confortava. Cheio de angústia, pôs-Se a orar mais instantemente e o suor tornou-se-Lhe como grossas gotas de sangue, que caíam na terra. Depois de ter orado, levantou-Se e foi ter com os discípulos, encontrando-os a dormir devido à tristeza. Disse-lhes: «Porque dormis? Levantai-vos e orai, para que não entreis em tentação».


Meditação

O itinerário meditativo abre-se com o Getsémani, onde Cristo vive um momento de particular angústia perante a vontade do Pai, contra a qual a debilidade da carne seria tentada a rebelar-se. Ali Cristo põe-Se no lugar de todas as tentações da humanidade e perante todos os seus pecados, para dizer ao Pai: «Não se faça a minha vontade, mas a Tua» (Lc 22, 42).

Este seu "sim" muda o "não" dos pais no Éden. E quanto Lhe deverá custar esta adesão à vontade do Pai, mostra-se nos mistérios seguintes, nos quais, com a flagelação, a coroação de espinhos, a subida ao Calvário, a morte na cruz, Ele se vê submergido na maior ignomínia: Ecce homo!

Neste opróbrio, revela-se não somente o amor Deus, mas também o sentido do homem. Ecce homo: quem quiser conhecer o homem, deve saber reconhecer o seu sentido, a sua raiz e o seu cumprimento em Cristo, Deus que Se rebaixa por amor «até à morte, e morte de cruz» (Fil 2, 8).

Mistério no mistério, diante do qual o ser humano pode apenas prostrar-se em adoração. Passa diante dos nossos olhos, em toda a sua intensidade, a cena da agonia no Horto das Oliveiras. Oprimido ao pressentir a prova que O espera, Jesus, sozinho com Deus, invoca-O com a sua habitual e terna expressão de confidência: «Abba, Pai».

Oremos; Senhor nosso Deus, que, para nos libertar do poder do inimigo quisestes que o Vosso Filho sofresse o suplício da cruz, concedei aos Vossos servos a graça da ressurreição e que, à imitação da Virgem Mãe dolorosa, levemos aos irmãos que sofrem consolação e amor. Por Nosso Senhor Jesus Cristo, vosso Filho, que é Deus convosco na unidade do Espírito Santo. Ámen.

São João Paulo II: Rosarium Virginis Mariae, 22; Novo Millennio Ineunte, 25


E eu?

Quantas vezes já disse "Não" a Jesus? Estou disposto a dizer que "Sim"?



Pai-Nosso + 10 Avé-Marias

Jaculatórias:

  • Glória ao Pai, ao Filho e ao Espírito Santo, como era no princípio, agora e sempre. Ámen.

  • Ó Maria concebida sem pecado, rogai por nós que recorremos a vós.

  • Ó meu bom Jesus, perdoai-nos, livrai-nos do fogo do inferno. Levai as almas todas para o Céu, principalmente as que mais precisarem.

(Pode rezar mais jaculatórias)


A Flagelação de Jesus

2.º MISTÉRIO


Ecce homo. 1850. António Ciseri
"Ecce homo". 1850. António Ciseri

Evangelho de Nosso Senhor Jesus Cristo segundo São Mateus 27, 22.25-26

Pilatos disse ao povo: «Que hei de fazer de Jesus, chamado Cristo?» Responderam todos: «Seja crucificado!» Pilatos insistiu: «Que mal fez Ele?» Mas eles gritavam cada vez com mais força: «Seja crucificado!» Pilatos, vendo que nada conseguia e que o tumulto aumentava cada vez mais, mandou vir água e lavou as mãos em presença da multidão, dizendo: «Estou inocente do sangue deste justo. Isso é convosco». E todo o povo respondeu: «Que o Seu sangue caia sobre nós e sobre os nossos filhos!» Soltou-lhes então Barrabás; quanto a Jesus, depois de O mandar açoitar, entregou-Lho para ser crucificado.


Meditação

Quando Deus nos enviou o Seu Filho, não esperou que os esforços humanos tivessem eliminado previamente toda a espécie de injustiças. Jesus Cristo veio participar da nossa condição humana com o Seu sofrimento, as dificuldades por que passou e a Sua morte. Antes de transformar a existência quotidiana, Ele soube falar ao coração dos pobres, libertá-los do pecado, abrir os seus olhos a um horizonte de luz e enchê-los de alegria e esperança. O mesmo faz hoje Jesus Cristo, que está presente nas nossas igrejas, nas nossas famílias, nos nossos corações, e em toda a nossa vida. Tem o sabor e o calor da amizade, que nos é oferecida por Aquele que sofreu mais que nós, que nos prepara uma morada eterna a Seu lado, e que já nesta vida proclama e afirma a nossa dignidade de homens, de filhos de Deus.

Somente a fé nos pode dar a coragem e a força. Aceite na fé, todo o sofrimento humano pode tornar-se em participação pessoal na oferta salvífica de Cristo que sofreu pelos pecados dos homens. O próprio Cristo continua assim a Sua paixão no homem que sofre.

O sofrimento é o caminho obrigatório para salvação e santificação. Para sermos santos, podemos abdicar deste ou daquele carisma, desta ou daquela aptidão especial; mas não se pode dispensar o sofrimento. Sofrer é um ingrediente necessário à santidade. Como o amor. De facto, o amor que Cristo nos ensina e que Ele viveu primeiro, dando-nos exemplo, é um amor... que expia e salva através do sofrimento.

O amor dá sentido e torna aceitável o sofrimento. Pode haver amor sem sofrimento. Mas o sofrimento sem amor não tem sentido. Com o amor, aceite como Cristo o aceitou, o sofrimento adquire um valor inestimável.

Oremos; Senhor nosso Deus, que, para redimir o género humano, associastes as dores da Mãe à Paixão do Vosso Filho, concedei-nos a graça de celebrar dignamente os mistérios da paixão do Senhor, para merecermos alcançar o perdão e sermos revestidos da luz de Cristo. Por Nosso Senhor Jesus Cristo, Vosso Filho, que é Deus conVosco na unidade do Espírito Santo. Ámen.

São João Paulo II: Monterrey, 31-01-1979; Suíça, 16-06-1984; Luxemburgo, 15-05-1985


E eu?

Aceito os sofrimentos dos dia-a-dia como Jesus aceitou?



Pai-Nosso + 10 Avé-Marias

Jaculatórias:

  • Glória ao Pai, ao Filho e ao Espírito Santo, como era no princípio, agora e sempre. Ámen.

  • Ó Maria concebida sem pecado, rogai por nós que recorremos a vós.

  • Ó meu bom Jesus, perdoai-nos, livrai-nos do fogo do inferno. Levai as almas todas para o Céu, principalmente as que mais precisarem.

(Pode rezar mais jaculatórias)


A Coroação de Espinhos

3.º MISTÉRIO


 Jesus saiu, trazendo a coroa de espinhos e o manto de púrpura.
"A Coroação de Cristo". 1620. Antoon van Dyck

Evangelho de Nosso Senhor Jesus Cristo segundo São Mateus 27, 27-31

Os soldados do governador conduziram Jesus para o pretório e reuniram toda a corte junto d'Ele. Despiram-n'O, envolveram-n'O num manto de púrpura e, tecendo uma coroa de espinhos, puseram- -lha sobre a cabeça, bem como uma cana na mão direita. Dobrando o joelho diante d'Ele, escarneciam-n'O, dizendo: «Salvé, rei dos judeus!» E, cuspindo-Lhe no rosto, tomavam a cana e batiam-Lhe na cabeça. Depois de O terem escarnecido, tiraram-Lhe a clâmide, vestiram-Lhe as Suas roupas e levaram-n'O para ser crucificado.


Meditação

Vós que viveis sob a provação, que vos defrontais com o problema da limitação, do sofrimento e da solidão interior diante dele, não deixeis de dar um sentido a essa situação. Na cruz de Cristo, na união redentora com Ele, no aparente fracasso do Homem justo que sofre e com o Seu sacrifício salva a humanidade, no valor de eternidade desse sofrimento está a resposta.

Voltai o olhar para Ele, para a Igreja e para o mundo, e elevai o vosso sofrimento, completando nele, hoje, o mistério salvífico da sua cruz.

Na escola do Verbo encarnado, compreendemos que é sabedoria divina aceitar com amor a cruz: a cruz da humildade da razão diante do Mistério; a cruz da vontade na prática fiel de toda a lei moral, natural e revelada; a cruz do próprio dever, às vezes pesado e pouco gratificante; a cruz da paciência na doença e nas dificuldades de todos os dias; a cruz do empenho constante, para responder à própria vocação; a cruz da luta contra as paixões e as insídias do mal.

Os cristãos que vivem em situação de doença, dor e velhice não são convidados por Deus apenas a unir a sua dor à Paixão de Cristo, mas também a receber desde já em si mesmos e a transmitir aos outros a força da renovação e a alegria de Cristo ressuscitado.

Oremos; Senhor, que na Vossa infinita misericórdia, quisestes que o Vosso Filho sofresse o suplício da cruz para salvar o género humano, concedei que, tendo conhecido na terra o mistério de Cristo, mereçamos alcançar no Céu os frutos da redenção. Por Nosso Senhor Jesus Cristo, vosso Filho, que é Deus conVosco na unidade do Espírito Santo. Ámen.

São João Paulo II: Saragoça, 06-11-1982; Roma, 15-09-1991; Christifideles Laici, 53


E eu?

Encaro os meus sofrimentos com amor, humildade, obediência e paciência?


Pai-Nosso + 10 Avé-Marias

Jaculatórias:

  • Glória ao Pai, ao Filho e ao Espírito Santo, como era no princípio, agora e sempre. Ámen.

  • Ó Maria concebida sem pecado, rogai por nós que recorremos a vós.

  • Ó meu bom Jesus, perdoai-nos, livrai-nos do fogo do inferno. Levai as almas todas para o Céu, principalmente as que mais precisarem.

(Pode rezar mais jaculatórias)


Jesus a caminho do Calvário

4.º MISTÉRIO


Cristo e Simão, o Cireneu. 1560. Tiziano Vecelli
"Via Dolorosa". 1904-1905. Eugène Burnand

Evangelho de Nosso Senhor Jesus Cristo segundo São Lucas 23, 26-32

Quando O iam conduzindo, lançaram mão de um certo Simão de Cirene, que voltava do campo e carregaram-no com a cruz, para a levar atrás de Jesus. Seguiam-n'O uma grande massa de povo e umas mulheres que se lamentavam e choravam por Ele. Jesus voltou-Se para elas e disse-lhes: «Filhas de Jerusalém, não choreis por Mim, chorai antes por vós mesmas e pelos vossos filhos, pois dias virão em que se dirá: “Felizes as estéreis, os ventres que não geraram e os peitos que não amamentaram”. Hão-de então dizer aos montes: “Caí sobre nós!”, e às colinas: “Cobri-nos”. Porque se tratam assim a madeira verde, o que acontecerá à seca?» E levavam também dois malfeitores para serem executados com Ele.


Meditação

Seguindo Cristo no caminho para o Calvário, o homem aprende o sentido da dor salvífica... Como contemplar a Cristo carregado com a cruz ou crucificado, sem sentir a necessidade de se fazer seu "cireneu" em cada irmão abatido pela dor ou esmagado pelo desespero?

À medida que o homem toma a sua cruz, unindo-se espiritualmente à Cruz de Cristo, vai-se-lhe manifestando mais o sentido salvífico do sofrimento.

Para aqueles que têm fé, a Cruz já não é um instrumento de medo e de morte, mas um símbolo de vida e de paz. Somos chamados a levar a Cruz todos os dias, porque «Deus nos ensinará os seus caminhos, e andaremos pelas suas veredas», segundo a visão do Profetas Miqueias (Miq 4, 2).

Ao mesmo tempo, reconhecemos que os planos de Deus não são os nossos planos, os seus caminhos não são os nossos caminhos (cf. Is 55, 8). A cruz recorda-nos a necessidade da nossa conversão, a necessidade de sairmos do pecado e de crermos no Evangelho.

A cruz é o caminho, o caminho da vida quotidiana. Cruz é palavra salvífica, pela qual o Filho de Deus manifesta a cada homem a verdade total sobre si mesmo e sobre a própria vocação. Manifesta esta verdade a todo o homem e a toda a mulher, e de modo particular àqueles que vivem no sofrimento.

Oremos; Deus de misericórdia infinita, que, por desígnio inefável da Vossa providência, completais a paixão de Cristo com os inúmeros sofrimentos dos seus membros, concedei-nos que, assim como quisestes que a Mãe dolorosa estivesse junto do Vosso Filho morrendo na cruz, também nós, à imitação da Virgem Maria, assistamos sempre, com a nossa caridade e conforto, aos irmãos que sofrem. Por Nosso Senhor Jesus Cristo, Vosso Filho, que é Deus conVosco na unidade do Espírito Santo. Ámen.

São João Paulo II: Rosarium Virginis Mariae, 25.40; Salvifici doloris, 26; Botswana, 13.09.1988; Roma, 05.04.1993


E eu?

Consigo compreender o sentido salvífico do sofrimento?


Pai-Nosso + 10 Avé-Marias

Jaculatórias:

  • Glória ao Pai, ao Filho e ao Espírito Santo, como era no princípio, agora e sempre. Ámen.

  • Ó Maria concebida sem pecado, rogai por nós que recorremos a vós.

  • Ó meu bom Jesus, perdoai-nos, livrai-nos do fogo do inferno. Levai as almas todas para o Céu, principalmente as que mais precisarem.

(Pode rezar mais jaculatórias)


A Crucifixão e Morte de Jesus

5.º MISTÉRIO


A Crucifixão e Morte de Jesus
"A crucifixão de Jesus". 1891. Nikolai Ge

Evangelho de Nosso Senhor Jesus Cristo segundo São Lucas 23, 33.44-49

Quando chegaram ao lugar chamado Calvário, crucificaram Jesus. Por volta da hora sexta, as trevas cobriram toda a terra, até à hora nona, por o Sol se haver eclipsado. O véu do Templo rasgou-se ao meio, e Jesus exclamou, dando um grande grito: «Pai, nas Tuas mãos entrego o Meu espírito». Dito isto, expirou. Vendo o que se passava, o centurião deu glória a Deus, dizendo: «Verdadeiramente, este homem era justo!» E toda a multidão que tinha assistido àquele espetáculo, vendo o que acontecera, regressava, batendo no peito. Todos os Seus conhecidos e as mulheres que O acompanhavam, desde a Galileia, se mantinham à distância, observando estas coisas.


Meditação

O grito de Jesus na cruz não traduz a angústia dum desesperado, mas a oração do Filho que, por amor, oferece a sua vida ao Pai pela salvação de todos.

No Gólgota, Jesus Cristo despojou-se a si mesmo, fazendo-se obediente até à morte e morte de cruz. Aos pés da Cruz, participa Maria, mediante a fé, no mistério desconcertante desse despojamento, o que constitui, talvez, a mais profunda «kénose» da fé na história da humanidade. Mediante a fé, a Mãe participa na morte do Filho, na Sua morte redentora. Bem diferente da fé dos discípulos, que se puseram em fuga, a fé de Maria era muito mais esclarecida.

Jesus disse a Sua mãe: «Mulher, eis o teu filho!». Esta «nova maternidade de Maria», gerada pela fé, é fruto do «novo amor», que nela amadureceu definitivamente aos pés da Cruz, por meio da Sua participação no amor redentor do Filho.

Numerosos sinais demonstram quanto a Virgem Maria quer, também hoje, precisamente através desta oração, exercer o cuidado maternal ao qual o Redentor, prestes a morrer, confiou, na pessoa do discípulo predileto, todos os filhos da Igreja: «Mulher, eis aí o teu filho» (Jo 19, 26)

Quando Jesus disse do alto da Cruz: «Mulher, eis o teu Filho», abriu, de maneira nova, o Coração da Sua Mãe, o Coração Imaculado, e revelou-Lhe a nova dimensão do amor e o novo alcance do amor a que ela fora chamada, no Espírito Santo, em virtude do sacrifício da Cruz. Nas palavras da mensagem de Fátima parece-nos encontrar precisamente esta dimensão do amor materno, o qual, com a sua amplitude, abrange todos os caminhos do homem em direção a Deus.

Oremos; Deus de infinita misericórdia, que pela Paixão de Cristo Nosso Senhor destruístes a morte, herança do antigo pecado transmitida a todo o género humano, fazei que, renovados à imagem do Vosso Filho, assim como, pela nossa natureza, levamos a imagem do homem terrestre, levemos também, pela Vossa graça, a imagem do homem celeste. Por Nosso Senhor Jesus Cristo, Vosso Filho, que é Deus conVosco na unidade do Espírito Santo. Ámen.

São João Paulo II: Novo Millennio Ineunte, 26; Redemptoris Mater, 18.23; Rosarium Virginis Mariae, 7; Fátima, 13-05-1982


E eu?

No meio do meu sofrimento, que missão me chama Deus a cumprir?



Pai-Nosso + 10 Avé-Marias

Jaculatórias:

  • Glória ao Pai, ao Filho e ao Espírito Santo, como era no princípio, agora e sempre. Ámen.

  • Ó Maria concebida sem pecado, rogai por nós que recorremos a vós.

  • Ó meu bom Jesus, perdoai-nos, livrai-nos do fogo do inferno. Levai as almas todas para o Céu, principalmente as que mais precisarem.

(Pode rezar mais jaculatórias)


Conclusão do Rosário (Terço)


Salvé-Rainha

Infinitas graças Vos damos, soberana Rainha, pelos benefícios que todos os dias recebemos das Vossas mãos liberais. Dignai-Vos, agora e para sempre, tomar-nos debaixo do Vosso poderoso amparo, e para mais Vos obrigar, Vos saudamos com uma Salvé-Rainha:

Salvé Rainha, Mãe de misericórdia, vida, doçura e esperança nossa, salve! A Vós bradamos, os degredados filhos de Eva. A Vós suspiramos, gemendo e chorando, neste vale de lágrimas. Eia, pois, advogada nossa; esses Vossos olhos misericordiosos a nós volvei, e depois deste desterro mostrai-nos Jesus, bendito fruto do Vosso ventre, ó clemente, ó piedosa, ó doce sempre Virgem Maria. Rogai por nós, Santa Mãe de Deus, para que sejamos dignos das promessas de Cristo. Ámen.


Consagração a Nossa Senhora

Ó Senhora, minha, ó minha Mãe, eu me ofereço todo(a) a Vós, e em prova da minha devoção para conVosco, vos consagro neste dia e para sempre, os meus olhos, os meus ouvidos, a minha boca, o meu coração e inteiramente todo o meu ser. E porque assim sou Vosso(a), ó minha incomparável Mãe, guardai-me e defendei-me como coisa e propriedade Vossa. Lembrai-vos que Vos pertenço, terna Mãe, Senhora nossa.

Ah, guardai-me e defendei-me como coisa própria Vossa.


Orações de Reparação do Sagrado Coração de Jesus e do Imaculado Coração de Maria

Meu Deus eu creio, adoro, espero e amo-Vos. 

Peço-Vos perdão para os que não creem, não adoram, não esperam e não Vos amam. (3x)

Santíssima Trindade, Pai, Filho e Espírito Santo, adoro-Vos profundamente e ofereço-Vos o Preciosíssimo Corpo, Sangue, Alma e Divindade de Nosso Senhor Jesus Cristo, presente em todos os Sacrários da terra, em reparação dos ultrajes, sacrilégios e indiferenças com que Ele mesmo é ofendido. E pelos méritos infinitos do Seu Sacratíssimo Coração e do Coração Imaculado de Maria, peço-Vos a conversão dos pobres pecadores.


Oração a São Miguel Arcanjo

São Miguel Arcanjo, defendei-nos no combate, sede o nosso auxílio contra as maldades e as ciladas do demónio. Instante e humildemente vos pedimos que Deus sobre ele impere. E vós, Príncipe da Milícia Celeste, com esse poder divino, precipitai no inferno a satanás e aos outros espíritos malignos que vagueiam pelo mundo para a perdição das almas. Ámen.


Nota: Dependendo do dia da semana, do mês, do tempo litúrgico, da sua devoção ou das suas necessidades, pode rezar também uma Litania (Ladainha). No mês de Julho, pode rezar a Ladainha do Preciosíssimo Sangue de Jesus, por ser o mês dedicado a esta devoção.


À Vossa proteção nos acolhemos, Santa Mãe de Deus; não desprezeis as nossas súplicas em nossas necessidades; mas livrai-nos sempre de todos os perigos, Ó Virgem gloriosa e bendita.

  • Rogai por nós Santa Mãe de Deus,

Para que sejamos dignos das promessas de Cristo. Ámen

  • Louvado seja Deus, Nosso Senhor Jesus Cristo. 

Para sempre seja louvado e Sua Mãe Maria Santíssima.


Continuamos reunidos,

 Em nome do Pai, do Filho, e do Espírito Santo. Ámen.


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Que Deus vos proteja e abençoe por toda a eternidade.

«Por fim, o meu Imaculado Coração triunfará.» 

Nossa Senhora do Rosário de Fátima - Memórias da Irmã Lúcia I. 14.ª ed. Fátima: Secretariado dos Pastorinhos, 2010, p. 176-177 (IV Memória)

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