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«Assim como o Pai ressuscita os mortos e lhes dá vida, assim o Filho dá vida a quem Ele quer» - 2-04-2025

  • Cláudia Pereira
  • 2 de abr.
  • 5 min de leitura

O poder do Filho - Jo 5, 17-30
O poder do Filho - Jo 5, 17-30

LITURGIA DA PALAVRA


LEITURA I -Is 49, 8-15

«Eu te formei para renovar a aliança do povo, para restaurar a terra»


Leitura do Livro de Isaías

Assim fala o Senhor: «No tempo da graça, Eu te ouvi; no dia da salvação, Eu te ajudei. Eu te formei e designei para renovar a aliança do povo, para restaurar a terra e reocupar as herdades devastadas; para dizer aos prisioneiros: ‘Saí para fora’ e àqueles que vivem nas trevas: ‘Vinde para a luz’. Hão de alimentar-se em todos os caminhos e acharão pastagem em todas as encostas. Não sentirão fome nem sede, nem o sol ou o vento ardente cairão sobre eles, porque Aquele que tem compaixão deles os guiará e os conduzirá às nascentes da água. De todas as minhas montanhas farei caminhos e as minhas estradas serão niveladas. Ei-los que vêm de longe: uns do Norte e do Poente, outros da terra de Sinim. Rejubilai, ó céus; exulta, ó terra; montes, soltai gritos de alegria, porque o Senhor consola o seu povo e tem compaixão dos seus pobres. Sião dizia: ‘O Senhor abandonou-me, o Senhor esqueceu-Se de mim’. Pode a mulher esquecer-se da criança que amamenta e não ter carinho pelo fruto das suas entranhas? Mas ainda que ela o esquecesse, Eu nunca te esquecerei».


Palavra do Senhor.

T: Demos graças a Deus.


Explicação da Leitura I:

Esta leitura anuncia o regresso do exílio, utilizando até linguagem que já se tinha referido à saída do Egito. De facto, a história do povo de Deus é toda ela uma história pascal que deste mundo, a partir de todos os recantos da terra, nos leva ao Pai. A Quaresma é um tempo oportuno para tomar consciência deste regresso a Deus, de quem o pecado nos afastou.


SALMO RESPONSORIAL

Salmo 144 (145), 8-9.13cd-14.17-18 (R. 8a)

Refrão: Senhor é clemente e cheio de compaixão.


  1. O Senhor é clemente e compassivo,

    paciente e cheio de bondade.

    O Senhor é bom para com todos

    e a sua misericórdia se estende a todas as criaturas. Senhor é clemente e cheio de compaixão.


  2. O Senhor é fiel à sua palavra

    e perfeito em todas as suas obras.

    O Senhor ampara os que vacilam

    e levanta todos os oprimidos. Senhor é clemente e cheio de compaixão.


  3. O Senhor é justo em todos os seus caminhos

    e perfeito em todas as suas obras.

    O Senhor está perto de quantos O invocam,

    de quantos O invocam em verdade. Senhor é clemente e cheio de compaixão.



ACLAMAÇÃO ANTES DO EVANGELHO - Jo 11, 25a.26

Refrão: Glória a Vós, Senhor, Filho do Deus vivo.

Eu sou a ressurreição e a vida, diz o Senhor. Quem acredita em Mim nunca morrerá.


EVANGELHO - Jo 5, 17-30

«Assim como o Pai ressuscita os mortos e lhes dá vida, assim o Filho dá vida a quem Ele quer»


Evangelho de Nosso Senhor Jesus Cristo segundo São João

Naquele tempo, por ocasião de uma festa dos judeus, Jesus subiu a Jerusalém. Existe em Jerusalém, junto à porta das ovelhas, uma piscina, chamada, em hebraico, Betsatá, que tem cinco pórticos.

Ali jazia um grande número de enfermos, cegos, coxos e paralíticos. Estava ali também um homem, enfermo havia trinta e oito anos. Ao vê-lo deitado e sabendo que estava assim há muito tempo, Jesus perguntou-lhe: «Queres ser curado?» O enfermo respondeu-Lhe: «Senhor, não tenho ninguém que me introduza na piscina, quando a água é agitada; enquanto eu vou, outro desce antes de mim». Disse-lhe Jesus: «Levanta-te, toma a tua enxerga e anda». No mesmo instante o homem ficou são, tomou a sua enxerga e começou a caminhar.

Ora aquele dia era sábado. Diziam os judeus àquele que tinha sido curado: «Hoje é sábado: não podes levar a tua enxerga». Mas ele respondeu-lhes: «Aquele que me curou disse-me: ‘Toma a tua enxerga e anda’». Perguntaram-lhe então: «Quem é que te disse: ‘Toma a tua enxerga e anda’». Mas o homem que tinha sido curado não sabia quem era, porque Jesus tinha-Se afastado da multidão que estava naquele local.

Mais tarde, Jesus encontrou-o no templo e disse-lhe: «Agora estás são. Não voltes a pecar, para que não te suceda coisa pior». O homem foi então dizer aos judeus que era Jesus quem o tinha curado. Desde então os judeus começaram a perseguir Jesus, por fazer isto num dia de sábado.


S: Palavra da salvação.

T: Glória a Vós Senhor.


Explicação do Evangelho:

Jesus continua a manifestar-Se como Aquele que é a Vida e que dá a Vida. Tal como o Pai! E tal como o Pai, segundo a poética descrição do Génesis, faz a criação em seis dias e, no último, dá a vida ao homem, assim Jesus ressuscita e dá a Vida no “último dia”. Mas esse dia é para já aquele que se inaugura na sua ressurreição, e, para cada um de nós, no Batismo. Nele se exerce o juízo de Deus, condenando o pecado e chamando à graça, destruindo a morte e dando a Vida. Assim se revela a “compaixão”, o amor de Deus por nós!


Meditação

Ontem, Jesus curou um paralítico; em seguida, os fariseus começaram a repreendê-lo por tê-lo feito em dia de sábado; hoje, o Senhor lhes responde, dizendo: “Meu Pai trabalha sempre, portanto também eu trabalho”.

Ontem, víamos a necessidade de sairmos da inação e pormos mãos à obra a fim de sermos salvos; hoje, Jesus nos mostra que espírito deve animar os nossos esforços, ao dizer de si mesmo, enquanto homem: “Eu não posso fazer nada por mim mesmo […], porque não procuro fazer a minha vontade, mas a vontade daquele que me enviou”.

E se a humanidade de Cristo nada podia sem Deus, que poderemos nós? Porque, como Ele dirá na Última Ceia, “quem permanecer em mim e eu nele, esse dá muito fruto; porque sem mim nada podeis fazer” (Jo 15, 5). Que querem dizer esses dois nadas, o nada de Cristo com respeito ao Pai, e o nosso nada com respeito a Cristo? São dois nadas, mas uma é a resposta: tanto para Cristo, enquanto homem, quanto para nós, que não passamos de simples homens, tudo o que se pode fazer é devido à graça de Deus. É ela que precede, excita e ajuda; é ela que auxilia, acompanha e termina; é por ela que tudo fazemos do que fazemos de bom, e é por ela que são boas aos olhos de Deus as obras que Ele nos concede realizar.

A diferença é que Cristo recebeu tal cúmulo de graça, que se tornou Ele mesmo fonte da graça, ao passo que nós recebemos dele, e somente dele, graça sobre graça (cf. Jo 1, 16), segundo a medida que ao Espírito Santo aprouve distribuir-nos. Disto se segue que, por sua abundância de graça, Cristo não poderia estar mais unido a Deus: a sua plenitude era e é infinita em toda linha, incapaz de ser aperfeiçoada; nós, ao contrário, podemos sempre ser mais agraciados e estar cada vez mais unidos a Deus, através da humanidade de Nosso Senhor.

Com efeito, deu o Pai ao seu Unigênito uma humanidade sacrossanta, que nada poderia fazer sem a graça, para que nós, que já nada podemos sem Deus, em tudo passássemos a depender desta humanidade, já que é por meio dela, cheia de graça e de verdade (cf. Jo 1, 14), que de agora em diante nos desce do céu “toda dádiva boa e todo dom perfeito” (Tg 1, 17). Que saibamos cultivar uma intensa devoção à divina-humanidade de Nosso Senhor Jesus Cristo, instrumento de nossa redenção, meio de união com Deus e penhor da nossa glorificação futura.

Padre Paulo Ricardo. "Eu não posso fazer nada por mim mesmo" in Homilia Diária de 3-04-2019


Que Deus vos abençoe por toda a eternidade.

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