Sacramentos
«Tu és Pedro, e sobre esta Pedra edificarei a minha igreja, e as portas do inferno nada poderão contra ela» Mt 16, 18
Os sacramentos são a forma real e concreta que Jesus, Deus encarnado, nos deixou para nos tocar com a sua história de salvação ao longo da nossa história. Quando recebemos os sacramentos, recebemos a força da graça que brota do peito aberto de Cristo na cruz.
Batismo
O Batismo é necessário para a nossa salvação e abre a porta para todos os outros sacramentos. Produz dois efeitos principais: O primeiro diz respeito à remissão dos pecados, em que, tanto crianças quanto adultos, ao serem batizados são livrados do pecado original. O segundo efeito é a graça do Espírito Santo, que faz com que nasça um novo homem. O Espírito Santo, torna o batizado numa “nova criatura”, “um filho adotivo de Deus que se tornou participante da natureza divina, membro de Cristo e co-herdeiro Dele, templo do Espírito Santo.” (1265)
Confirmação
Santo Tomás de Aquino, na Suma Teológica, III Parte, na Questão nº 72, artigo 5, diz o seguinte: "Como o batismo é uma geração espiritual para a vida cristã, assim a confirmação é um crescimento espiritual que faz o homem avançar até à idade perfeita espiritual". Os batizados, «pelo sacramento da Confirmação, são mais perfeitamente vinculados à Igreja, enriquecidos com uma força especial do Espírito Santo e deste modo, ficam mais estritamente obrigados a difundir e a defender a fé por palavras e obras, como verdadeiras testemunhas de Cristo». (CIC 1285)
O Sacramento da Eucaristia é o maior e o mais importante de todos os sacramentos, tudo aponta para ele. Quando comemos o pão partido, unimo-nos ao amor de Jesus, que na cruz, nos ofereceu o Seu corpo; quando bebemos do cálice, unimo-nos Àquele que derramou o seu sangue na Sua oferta para a nossa salvação. Jesus celebrou com os Seus discípulos a Última Ceia e, antecipando a Sua morte; ofereceu-Se sob os sinais do pão e do vinho, pedindo-lhes que, continuassem a celebrar a Eucaristia: «Fazei isto em memória de mim!» (1 Cor 11,24) Saiba mais...
O sacramento da Confissão, Reconciliação ou Penitência, é uma das grandes misericórdias de Deus para connosco. É comovedor pensarmos que nos podemos confessar; que depois de, miseravelmente, perdemos a graça santificante, possamos restaurar a nossa amizade e comunhão com Cristo, restabelecer o nosso organismo sobrenatural, ferido de morte pelo pecado grave.
O pecado mortal, chama-se assim, porque ele mata a vida sobrenatural dentro de nós, afastando-nos do amor de Deus. Mas Deus, como todo o bom pai, continua a amar-nos, apesar de o termos ofendido, e quer que participemos da felicidade do Céu. Então, quando nos arrependemos e confessamos os nossos pecados, Ele transforma e eleva a nossa natureza e voltamos a receber a graça santificante, que permite que a nossa alma esteja pronta para O receber na Eucaristia. Saiba mais...
Unção dos Enfermos
A Unção dos Enfermos concede consolação, paz, força e une profundamente o doente, que se encontra em situação de sofrimento ou de morte eminente, a Nosso Senhor Jesus Cristo, que também sofreu por nós. Se Deus está a chamar alguém para junto de Si, Ele dá-lhe também, na Unção dos Enfermos, a força para todas as lutas corporais e espirituais no seu último caminho. Em todo o caso, a Unção dos Enfermos, tem como efeito os perdão dos pecados e em alguns casos, provoca até a cura corporal.
A Unção dos Enfermos, não é, por isso, uma "sentença de morte", mas um "seguro de vida", para a vida eterna.
Ordem
A carta aos Hebreus ensina que os sacerdotes foram "constituídos para intervir em favor dos homens em suas relações com Deus, a fim de oferecer dons e sacrifícios pelos pecados" (Hb 5, 1), ou seja, eles fazem uma ponte entre o homem e Deus. O sacerdote deve ter algo de humano e algo de divino, para isso, o homem escolhido é separado dos demais e, mais próximo de Deus, pode completar o traço de união entre Ele e o povo.
A Encarnação de Nosso Senhor Jesus Cristo é o ápice do sacerdócio. Quando um rapaz recebe o sacramento da Ordem, passará a agir como instrumento da Pessoa de Cristo. Por isso se diz que o padre age in persona Christi. E, sendo um instrumento consciente e livre a serviço do Cristo, recebe o nome de ministro.
Matrimónio
Ao criar Adão e Eva, Deus os fez, um para o outro e não para que um tirasse proveito do outro. Quis que houvesse entre eles, um vínculo de amor e comunhão que se assemelhasse, em nível propriamente humano, àquele elo estreitíssimo de amor que une, na unidade de uma só substância, as três Pessoas da Santíssima Trindade. Por isso, a indissolubilidade matrimonial, proclamada por Cristo no Evangelho de São Marcos 10, 1-12, é sempre defendida com coragem pela Igreja Católica, e é um dos bens essenciais do casamento, bem como a prol e a fidelidade.