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«Quem de entre vós estiver sem pecado atire a primeira pedra.» - 6-04-2025

  • Cláudia Pereira
  • 5 de abr.
  • 12 min de leitura

Atualizado: há 7 dias


A mulher adúltera - Jo 8, 1-11
A mulher adúltera - Jo 8, 1-11

LITURGIA DA PALAVRA


LEITURA I - Is 43, 16-21

«Vou realizar uma coisa nova: matarei a sede ao meu povo»


Leitura do Livro de Isaías

O Senhor abriu outrora caminhos através do mar, veredas por entre as torrentes das águas. Pôs em campanha carros e cavalos, um exército de valentes guerreiros; e todos caíram para não mais se levantarem, extinguiram-se como um pavio que se apaga. Eis o que diz o Senhor: «Não vos lembreis mais dos acontecimentos passados, não presteis atenção às coisas antigas. Olhai: vou realizar uma coisa nova, que já começa a aparecer; não a vedes? Vou abrir um caminho no deserto, fazer brotar rios na terra árida. Os animais selvagens – chacais e avestruzes – proclamarão a minha glória, porque farei brotar água no deserto, rios na terra árida, para matar a sede ao meu povo escolhido, o povo que formei para Mim e que proclamará os meus louvores».


Palavra do Senhor.

R: Graças a Deus


Explicação da Leitura I:

A história da salvação acompanha todos os tempos e o que Deus fez, no passado em favor do seu povo, continua a fazê-lo no presente. Nesta leitura, o Profeta, que anuncia o regresso do exílio, onde o povo de Deus esteve em cativeiro, quer fazer sentir que o que vai agora acontecer não é menos admirável do que o que tinha acontecido na Páscoa antiga, quando o povo saiu do Egito. Quanto mais admirável não é o que Deus faz agora por nós em Jesus Cristo!


SALMO RESPONSORIAL

Salmo 125 (126), 1-6 (R. 3)

Refrão: Grandes maravilhas fez por nós o Senhor.


  1. Quando o Senhor fez regressar os cativos de Sião,

    parecia-nos viver um sonho.

    Da nossa boca brotavam expressões de alegria

    e de nossos lábios cânticos de júbilo. Grandes maravilhas fez por nós o Senhor.


  2. Diziam então os pagãos:

    «O Senhor fez por eles grandes coisas».

    Sim, grandes coisas fez por nós o Senhor,

    estamos exultantes de alegria. Grandes maravilhas fez por nós o Senhor.


  3. Fazei regressar, Senhor, os nossos cativos,

    como as torrentes do deserto.

    Os que semeiam em lágrimas

    recolhem com alegria. Grandes maravilhas fez por nós o Senhor.


  4. À ida, vão a chorar,

    levando as sementes;

    à volta, vêm a cantar,

    trazendo os molhos de espigas. Grandes maravilhas fez por nós o Senhor.


LEITURA II - Flp 3, 8-14

«Por Cristo, considerei todas as coisas como prejuízo, configurando-me à sua morte»


Leitura da Epístola do apóstolo São Paulo aos Filipenses

Irmãos: Considero todas as coisas como prejuízo, comparando-as com o bem supremo, que é conhecer Jesus Cristo, meu Senhor. Por Ele renunciei a todas as coisas e considerei tudo como lixo, para ganhar a Cristo e n’Ele me encontrar, não com a minha justiça que vem da Lei, mas com a que se recebe pela fé em Cristo, a justiça que vem de Deus e se funda na fé. Assim poderei conhecer Cristo, o poder da sua ressurreição e a participação nos seus sofrimentos, configurando-me à sua morte, para ver se posso chegar à ressurreição dos mortos. Não que eu tenha já chegado à meta, ou já tenha atingido a perfeição. Mas continuo a correr, para ver se a alcanço, uma vez que também fui alcançado por Cristo Jesus. Não penso, irmãos, que já o tenha conseguido. Só penso numa coisa: esquecendo o que fica para trás, lançar-me para a frente, continuar a correr para a meta, em vista do prémio a que Deus, lá do alto, me chama em Cristo Jesus.


Palavra do Senhor.

R: Graças a Deus


Explicação da Leitura II:

Esta leitura liga-se hoje à anterior: é em Cristo que vamos encontrar completamente realizado o momento culminante e a plenitude da história da salvação, é n’Ele que a Lei e os Profetas encontram a realização perfeita, é para Ele que toda a história anterior apontava, e sem Ele nada tem sentido. Quem assim o entender, como S. Paulo o entendeu, há de considerar a participação no mistério da Páscoa do Senhor como a maior graça de Deus.


ACLAMAÇÃO ANTES DO EVANGELHO

Refrão: Glória a Vós, Jesus Cristo, Palavra do Pai.

Convertei-vos a Mim de todo o coração, diz o Senhor; porque sou benigno e misericordioso.


EVANGELHO - Jo 8, 1-11

«Quem de entre vós estiver sem pecado atire a primeira pedra»


Evangelho de Nosso Senhor Jesus Cristo segundo São João

Naquele tempo, Jesus foi para o monte das Oliveiras. Mas de manhã cedo, apareceu outra vez no templo e todo o povo se aproximou d’Ele. Então sentou-Se e começou a ensinar. Os escribas e os fariseus apresentaram a Jesus uma mulher surpreendida em adultério, colocaram-na no meio dos presentes e disseram a Jesus: «Mestre, esta mulher foi surpreendida em flagrante adultério. Na Lei, Moisés mandou-nos apedrejar tais mulheres. Tu que dizes?».

Falavam assim para Lhe armarem uma cilada e terem pretexto para O acusar. Mas Jesus inclinou-Se e começou a escrever com o dedo no chão. Como persistiam em interrogá-l’O, ergueu-Se e disse-lhes: «Quem de entre vós estiver sem pecado atire a primeira pedra». Inclinou-Se novamente e continuou a escrever no chão. Eles, porém, quando ouviram tais palavras, foram saindo um após outro, a começar pelos mais velhos, e ficou só Jesus e a mulher, que estava no meio.

Jesus ergueu-Se e disse-lhe: «Mulher, onde estão eles? Ninguém te condenou?». Ela respondeu: «Ninguém, Senhor». Disse então Jesus: «Nem Eu te condeno. Vai e não tornes a pecar».


Palavra da salvação.

T: Glória a Vós Senhor.


S: Por este Santo Evangelho.

T: Perdoai-nos Senhor.


Explicação do Evangelho:

A novidade que Deus oferece ao mundo em Jesus Cristo não aparece à custa da destruição do que anteriormente existiu. A graça não vem à custa da morte do pecador. É a partir da história dos homens pecadores que Deus vai fazer surgir a história da salvação, que os há de renovar. É na mulher pecadora que Jesus faz brilhar a luz nova da sua graça. Envelhecida pelo pecado, torna-se, pelo poder do Senhor, nova criatura.


Meditação

Este domingo, celebramos o 5º Domingo da Quaresma, que é um tempo novo na Igreja, por quê? Porque, na realidade, nós encerramos uma fase da Quaresma e vamos começar outra.

A primeira fase da Quaresma é mais voltada para a questão da penitência, do pecado, etc. No final da Quaresma, a Igreja começa a voltar o seu olhar, mais especificamente para a Paixão de Cristo, é por isso que este tempo, a partir do 5º Domingo da Quaresma, que no calendário antigo era chamado de Tempo da Paixão.

Então, o 5º Domingo da Quaresma, é um domingo para nos voltarmos mais, não para somente para aquilo que nós temos que fazer para nos arrependermos dos nossos pecados, mas aquilo que Deus fez para nos livrar dos nossos pecados. Deus dispôs-se a sofrer na Cruz para nos livrar do pecado, e é aqui, que está o foco daquilo que queremos refletir. 

Uma antiga tradição, sugere que neste 5º Domingo da Quaresma, aqueles que desejarem, podem cobrir com um véu, geralmente de cor roxa, as imagens, principalmente o crucifixo, porque depois na Sexta-Feira Santa, a Cruz vai ser desvelada, desvendada, e iremos fazer o ato de adoração ao amor de Cristo manifesto na Cruz, na Sexta-Feira Santa.

Vamos refletir sobre o Evangelho deste domingo que é tirado de São João, capítulo 8, versículos de 1 a 11, é o famoso Evangelho em que Jesus perdoa a Mulher adúltera descoberta em flagrante, no ato de cometer adultério. Ela foi arrastada até aos pés de Jesus pelos fariseus, os Mestres da Lei, e ali, colocaram a pecadora diante de Jesus e pediram que Jesus pronunciasse o juízo. E aqui, o juízo era meio óbvio, meio compulsório: quem cometia adultério devia morrer apedrejado. Aqui os fariseus queriam encurralar Jesus, por quê? Porque eles não podiam condenar ninguém à morte, os romanos tinham tomado conta da Terra Santa, ou seja, da terra onde vivia Jesus e só quem podia condenar à morte agora era Pilatos, que era a autoridade romana em questão. Então, os judeus, que estavam impedidos de aplicar a Lei, colocam Jesus numa encruzilhada.

Jesus está numa situação difícil. Se Ele disser: "Ah, Moisés manda apedrejar, pode apedrejar", os romanos prendiam-no, porque Jesus estaria a mandar matar uma pessoa, não tendo autoridade para isso, mas se Ele disser: "Ah, não apedreja, não há problema, vamos perdoar misericordiosamente", os fariseus dizem, então: "Você está contra a Lei de Moisés".

Além dessa situação externa, política, dessa controvérsia, havia, evidentemente, a realidade interior. Jesus olhava para aquela mulher com o mesmo olhar que Jesus olha para nós pecadores, enquanto nós estamos vivos neste mundo e ainda temos tempo de nos arrepender, Deus olha para nós nos convidando-nos ao arrependimento.

Você poderá dizer: "Padre, quer dizer que depois da morte Deus não é mais misericórdia?" Não, Deus continua a ser misericórdia depois da morte, mas quando as pessoas morrem, tornam-se incapazes de se arrepender, esta é a grande tragédia da qual as pessoas não se dão conta disso. O tempo de se arrepender é aqui, enquanto estamos neste mundo. Quando morremos, ficamos como que “solidificados”. Naquele instante, somos quem somos, no momento da sua morte.

O facto é o seguinte, temos que entender que, a oportunidade que temos de arrependimento neste mundo é agora, não é depois de morto, depois de morto acabou. Este evangelho avisa-nos com bondade.

Jesus olha para aquela mulher pecadora e Ele quer perdoá-la, não quer condená-la porque Ele vê os corações e vê que aquela mulher está arrependida. Nós temos que entender que Jesus aqui é o Juiz dos Juízes, é Ele quem virá julgar os vivos e os mortos, eu e você não podemos julgar, mas Jesus conhece o coração dos homens, Ele pode julgar e Ele vê ali, à frente Dele, uma pecadora arrependida. Mesmo que ela não estivesse arrependida naquele momento, Deus, enquanto a pessoa está viva, Deus quer que ela mude e saia daquela situação.

Então, Jesus está nesta situação complicada, começa a escrever no chão, e os fariseus insistem. Ele levanta-se e diz: «Quem de entre vós estiver sem pecado atire a primeira pedra».  Santo Agostinho, que era um poeta, comenta esta parte, dizendo assim: "sese inspitientes et reus invenientes", os fariseus, olhando para si mesmos, percebendo que eles mesmos eram culpados "et reus invenientes, unus post unum  omnes retieserunt", foram embora um por um. E depois, aquela conclusão típica do grande poeta e contemplativo Santo Agostinho: "reliquint sunt duo: mísera et misericordia", ficaram ali os dois: a mísera e a misericórdia, ou seja, a mulher miserável e Jesus, que é a própria misericórdia. Ali, houve o encontro da miséria e da misericórdia.

E é isto que nós queremos receber neste domingo, este encontro, entre a nossa miséria e a misericórdia de Deus para que nós nos convertamos, mas, para isso, voltemos o nosso olhar para a Paixão, para a Cruz de Cristo, entendermos realmente o que se passa connosco.

Vejam só, se pensarmos bem, nós seres humanos, não temos noção do que seja o pecado. Porquê? Estamos diante de uma mulher que cometeu adultério, e a Lei da época mandava que ela fosse condenada à morte, e a nós dizemos assim: "Mas que pessoas intolerantes, poxa, coitadinha, iam condená-la à morte". Repare, eu não defendo aqui a pena de morte para os adúlteros, não é isso, mas o facto é que: quando alguém comete adultério, é uma coisa muito pior do que morrer, porque essa pessoa perde a vida eterna, o pecado mortal priva-nos da vida com “V” maiúsculo, apesar de continuarmos com a nossa vida biológica. É claro que, neste caso, eles queriam puni-la com a morte, e por isso nos compadecemos e dizemos assim: "Coitadinha, ela ia perder a vida biológica", mas mais coitada era, porque ela perdeu a vida eterna com o pecado.

Santa Teresa d'Ávila, conta que Deus lhe deu a experiência de ver quão terrível é uma alma em pecado mortal, ela diz que é uma coisa pavorosa, muito mais nojenta e, digamos assim, repulsiva, do que um cadáver em decomposição. Um cadáver em decomposição, não é tão fétido e asqueroso como uma alma em pecado mortal.

Santa Teresa recebeu de Deus essa graça, e um dia, ela encontrou uma pessoa que estava em pecado mortal, ela sentiu um tal horror daquela alma que ela disse: "É pior do que o cadáver mais podre", só que nós não vemos isso, porque como diz o escritor francês Léon Bloy "o mal é uma invenção angélica" então nós, seres humanos, nunca vamos entender realmente o que é um mal, porque quem inventou o pecado foram os anjos.  Não existia pecado, os anjos desobedeceram a Deus, pecaram, e ali se tornaram demónios. Depois de Satanás já ter caído com os seus anjos, é que Satanás se apresentou no Jardim do Éden para seduzir Adão e Eva, que pecaram também. Mas vejam, quando Adão e Eva estavam no Paraíso, o pecado já existia e tinha sido inventado pelos anjos, e é por isso que nós, seres humanos, não entendemos plenamente a gravidade de um pecado, porque o pecado é uma realidade espiritual. 

A podridão que o pecado traz, está na alma e não está no corpo. Claro que às vezes acontece, da podridão da alma repercutir no corpo, em que a pessoa, cometendo pecados, pode destruir o corpo dela contraindo doenças, mutilando-se, etc. Pode acontecer, mas geralmente, as pessoas quando cometem pecados, isso não se vê isso no corpo.

Ás vezes, se você olhar bem para uma pessoa que já esteja há muito tempo no pecado, e já passou os limites de todo o pecado, às vezes, ela começa a mostrar a sua maldade no próprio rosto. Às vezes, o pecado transparece no rosto da pessoa, existem rostos que são depravados, que são maldosos, vemos no olhar da pessoa a maldade dela, mas não podemos julgar, e muito menos através disso, porque nem sempre é assim.

O pecado é uma realidade da alma, o pecado é uma coisa do mundo espiritual e nós ficamos horrorizados quando uma pessoa morre e perde a vida do corpo, mas para nós, isso não é nada comparada à realidade da pessoa peca e perde a vida da alma, perdeu uma vida bem mais importante.

Para termos uma ideia do que é a gravidade do pecado, podemos fazer a seguinte comparação: olhemos para o remédio e veremos a gravidade da doença. Se vamos ao médico com uma dor de cabeça e ele diz: "Olha, vamos ter que começar quimioterapia", ficamos assustados. Mas se estamos com uma dor de cabeça e o médico diz: "Paracetamol", bom, pelo remédio você vê que a doença não é assim tão grave. Ora, qual foi o remédio que Deus inventou para o pecado? Ele vir a esse mundo e morrer por nós. Essa é a gravidade do pecado. Nós temos de parar para meditar sobre isto.

Estamos no tempo da Paixão, preparando-nos para a Semana Santa, por isso, temos de parar para meditar: se a única solução que Deus encontrou para nos livrar do inferno é Ele vir aqui e morrer, se o pecado custou o sangue de Deus, se este é o remédio desta doença chamada pecado, o pecado nunca pode ser uma trivialidade, não pode ser uma banalidade, uma coisa corriqueira:  "Ah, eu vou lá e confesso-me rapidamente", não pode ser. Claro que a confissão absolve o pecado, mas porque através da confissão, Jesus derrama o sangue Dele sobre os nossos pecados. Na confissão, a absolvição do sacerdote, só tem efeito, porque Jesus morreu na Cruz. Se Ele não tivesse morrido, não tinha efeito nenhum. 

Depois de darmos o primeiro passo para entender a gravidade do pecado, que algo de muito sério, para além de olharmos apenas para o remédio, mas vamos olhar um pouco para a doença em si. Vamos olhar para o cancro. O que é que o pecado faz connosco?

Vejam, Deus é a fonte da nossa vida, Ele sustenta-nos, Ele é o nosso Criador, Ele é o nosso Salvador, é Ele que nos mantém vivos. Agora, imagine as consequências quando você corta a ligação com a fonte da vida. Se você tem uma lâmpada acesa e corta a corrente elétrica, a lâmpada apaga-se. Ou, utilizando outra metáfora, se apertarmos muito um dedo, e ele deixar de receber corrente sanguínea, esse dedo, vai começar a apodrecer, a gangrenar, e morre. Porque? Porque cortámos a relação do dedo com o corpo, por isso, ele apodrece. Assim também somos nós, quando cortamos a nossa relação com Deus, nós apodrecemos.

Quando pecamos gravemente, dizendo assim:  "Olha Deus, eu não quero saber de ti para nada! És meu criador, dizes que o meu comportamento está errado e que me vai fazer mal, mas eu não quero saber. Vou-te virar as costas. Fica lá com as tuas criaturas, com os teus filhos amados, eu vou fazer o que eu quero e não o que tu me mandas". 

Vejam, Deus revelou-nos o que era pecado. Ele não precisava ter feito isso, mas para nos ajudar, revelou o que era pecado. Ele disse: "Olha, se você se comportar assim, é adultério", que é o caso da mulher no Evangelho. Adultério é pecado.  Deus revela-nos dizendo assim: "Se você fizer este ato, você está, como que gangrenando e apodrecendo a sua alma." Mas o pecador desponde: "Ah, não confio em você, prefiro confiar no meu julgamento, na minha ideia, na minha forma de pensar, não é tão grave assim, não precisa ser tão radical." 

Quando estamos em pecado mortal, é como se tivéssemos cancro. Ainda há uma oportunidade de nos salvarmos com quimioterapia. O Médico divino não se engana, nem engana ninguém. Se Deus diz que o adultério é pecado, o adultério é pecado. Não adianta usar o argumento dos “tempos modernos”, só porque é mais confortável pensar que nos tempos modernos o cancro não mata. O cancro não vai parar de nos matar, assim como o adultério não vai deixar de nos levar para o inferno.

Por isso, na sua bondade, a Igreja não permite que o adultero comungue a Eucaristia, para que entendamos, que há algo de muito grave na nossa alma e que precisa ser resolvido o quanto antes. Porque se morrermos nesse estado, não há garantia de salvação não.

Os fariseus hipócritas, atacavam os adúlteros com pedras, mas Jesus disse: «Vai e não tornes a pecar». Jesus não disse, que não era pecado. Jesus disse: «Mulher, onde estão eles? Ninguém te condenou?» Ela respondeu: «Ninguém, Senhor». Disse então Jesus: «Nem Eu te condeno. Vai e não tornes a pecar».

Jesus convida-nos a não pecar mais, esta é a grande realidade que nós precisamos perceber no Evangelho. O perdão, custou o sangue de Cristo, e se nos confessamos já com intenção pecar outra vez, ou de não fazer um esforço sério para não voltarmos a pecar, então não levamos a sério o preço que foi pago pela nossa salvação.

É tempo da Paixão de Cristo, tempo de refletirmos sobre o preço da nossa salvação. "Vai e não peques mais".

Padre Paulo Ricardo. "O pecado não deixou de ser pecado" in Homilia Diária de 3-04-2022


Que Deus vos abençoe por toda a eternidade.


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