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Anunciação do Senhor - 25-03-2025

  • Cláudia Pereira
  • 25 de mar.
  • 15 min de leitura

Atualizado: 28 de mar.

ANUNCIAÇÃO DO SENHOR – SOLENIDADE


Nota Histórica

A Anunciação do Senhor teve lugar quando, na cidade de Nazaré, o anjo do Senhor anunciou a Maria: «Conceberás e darás à luz um filho, que será chamado Filho do Altíssimo». Maria respondeu: «Eis a escrava do Senhor. Faça-se em mim segundo a tua palavra». Assim, chegada a plenitude dos tempos, o Filho unigénito de Deus, que existia antes da criação do mundo, por nós homens e para a nossa salvação, encarnou pelo Espírito Santo, no seio da Virgem Maria, e Se fez homem.


ANUNCIAÇÃO DO SENHOR – SOLENIDADE
ANUNCIAÇÃO DO SENHOR – SOLENIDADE

RITO INICIAL


S: Em nome do Pai e do Filho e do Espírito Santo.

T: Ámen.


S: A graça de Nosso Senhor Jesus Cristo, o amor do Pai e a comunhão do Espírito Santo estejam convosco.

T: Bendito seja Deus, que nos reuniu no amor de Cristo.


ACTO PENITENCIAL

S: Irmãos: Para celebrarmos dignamente os santos mistérios, reconheçamos que somos pecadores. Confessemos os nossos pecados.

T: Confesso a Deus todo-poderoso e a vós irmãos, que pequei muitas vezes por pensamentos e palavras, atos e omissões, por minha culpa, minha culpa, minha tão grande culpa. E peço à Virgem Maria, aos Anjos e Santos, e a vós, irmãos, que rogueis por mim a Deus, nosso Senhor.


S: Deus todo-poderoso tenha compaixão de nós, perdoe os nossos pecados e nos conduza à vida eterna.

T: Ámen.


INVOCAÇÕES Kýrie, eléison

S: Senhor, tende piedade de nós.

T: Senhor, tende piedade de nós.


S: Cristo, tende piedade de nós.

T: Cristo, tende piedade de nós.


S: Senhor, tende piedade de nós.

T: Senhor, tende piedade de nós.


HINO

Glória a Deus nas alturas e paz na terra aos homens por Ele amados. Senhor Deus, Rei dos céus, Deus Pai todo-poderoso: nós Vos louvamos, nós Vos bendizemos, nós Vos adoramos, nós Vos glorificamos, nós Vos damos graças, por vossa imensa glória.

Senhor Jesus Cristo, Filho Unigénito, Senhor Deus, Cordeiro de Deus, Filho de Deus Pai: Vós que tirais o pecado do mundo, tende piedade de nós; Vós que tirais o pecado do mundo, acolhei a nossa súplica; Vós que estais à direita do Pai, tende piedade de nós. Só Vós sois o Santo; só Vós, o Senhor; só Vós, o Altíssimo, Jesus Cristo; com o Espírito Santo, na glória de Deus Pai. Ámen.


ORAÇÃO COLECTA

S: Senhor nosso Deus, que, na vossa benigna providência, quisestes que o vosso Verbo assumisse verdadeira carne humana no seio da Virgem Maria, concedei-nos que, celebrando o nosso Redentor como verdadeiro Deus e verdadeiro homem, mereçamos também nós participar da sua natureza divina. Por nosso Senhor Jesus Cristo, vosso Filho, que é Deus e convosco vive e reina, na unidade do Espírito Santo, por todos os séculos dos séculos.


LITURGIA DA PALAVRA


LEITURA I - Is 7, 10-14; 8, 10

«A Virgem conceberá»


Leitura do Livro de Isaías

Naqueles dias, o Senhor mandou ao rei Acaz a seguinte mensagem: «Pede um sinal ao Senhor teu Deus, quer nas profundezas do abismo, quer lá em cima nas alturas». Acaz respondeu: «Não pedirei, não porei o Senhor à prova». Então Isaías disse: «Escutai, casa de David: Não vos basta que andeis a molestar os homens para quererdes também molestar o meu Deus? Por isso, o próprio Senhor vos dará um sinal: a virgem conceberá e dará à luz um filho e o seu nome será ‘Emanuel’, porque Deus está connosco».


Palavra do Senhor.

T: Demos graças a Deus.


SALMO RESPONSORIAL

Salmo 39 (40), 7-8a.8b-9.10.11 (R. 8a.9a)

Refrão: Eu venho, Senhor, para fazer a vossa vontade.


  1. Não Vos agradaram sacrifícios nem oblações, mas abristes-me os ouvidos; não pedistes holocaustos nem expiações, então clamei: «Aqui estou. Eu venho, Senhor, para fazer a vossa vontade.

  2. De mim está escrito no livro da Lei que faça a vossa vontade. Assim o quero, ó meu Deus, a vossa lei está no meu coração». Eu venho, Senhor, para fazer a vossa vontade.

  3. Proclamei a justiça na grande assembleia, não fechei os meus lábios, Senhor, bem o sabeis. Eu venho, Senhor, para fazer a vossa vontade.

  4. Não escondi a vossa justiça no fundo do coração, proclamei a vossa fidelidade e salvação. Não ocultei a vossa bondade e fidelidade no meio da grande assembleia. Eu venho, Senhor, para fazer a vossa vontade.


LEITURA II - Hebr 10, 4-10

«No livro sagrado está escrito a meu respeito: Eu venho, meu Deus, para fazer a tua vontade»


Leitura da Epístola aos Hebreus

Irmãos: É impossível que o sangue de touros e cabritos perdoe os pecados. Por isso, ao entrar no mundo, Cristo disse: «Não quiseste sacrifícios nem oblações, mas formaste-Me um corpo. Não Te agradaram holocaustos nem imolações pelo pecado. Então Eu disse: ‘Eis-Me aqui; no livro sagrado está escrito a meu respeito: Eu venho, meu Deus, para fazer a tua vontade’». Primeiro disse: «Não quiseste sacrifícios nem oblações, não Te agradaram holocaustos nem imolações pelo pecado». E no entanto, eles são oferecidos segundo a Lei. Depois acrescenta: «Eis-Me aqui: Eu venho para fazer a tua vontade». Assim aboliu o primeiro culto para estabelecer o segundo. É em virtude dessa vontade que nós somos santificados pela oblação do corpo de Jesus Cristo, feita de uma vez para sempre.


Palavra do Senhor.

T: Graças a Deus.


ACLAMAÇÃO ANTES DO EVANGELHO - Jo 1, 14ab

Refrão: Glória a Vós, Jesus Cristo, Palavra do Pai. Repete-se

O Verbo fez-Se carne e habitou entre nós e nós vimos a sua glória. Refrão


EVANGELHO - Lc 1, 26-38

«Conceberás e darás à luz um Filho»


Evangelho de Nosso Senhor Jesus Cristo segundo São Lucas

Naquele tempo, o Anjo Gabriel foi enviado por Deus a uma cidade da Galileia chamada Nazaré, a uma Virgem desposada com um homem chamado José, que era descendente de David. O nome da Virgem era Maria.

Tendo entrado onde ela estava, disse o Anjo: «Ave, cheia de graça, o Senhor está contigo». Ela ficou perturbada com estas palavras e pensava que saudação seria aquela. Disse-lhe o Anjo: «Não temas, Maria, porque encontraste graça diante de Deus. Conceberás e darás à luz um Filho, a quem porás o nome de Jesus. Ele será grande e chamar-Se-á Filho do Altíssimo. O Senhor Deus Lhe dará o trono de seu pai David; reinará eternamente sobre a casa de Jacob e o seu reinado não terá fim».

Maria disse ao Anjo: «Como será isto, se eu não conheço homem?». O Anjo respondeu-lhe: «O Espírito Santo virá sobre ti e a força do Altíssimo te cobrirá com a sua sombra. Por isso o Santo que vai nascer será chamado Filho de Deus. E a tua parenta Isabel concebeu também um filho na sua velhice e este é o sexto mês daquela a quem chamavam estéril; porque a Deus nada é impossível». Maria disse então: «Eis a escrava do Senhor; faça-se em mim segundo a tua palavra».


S: Palavra da salvação.

T: Glória a Vós Senhor.


Meditação

Celebramos com grande alegria a solenidade da Anunciação do Senhor. No dia de hoje — 25 de março —, a nove meses do Natal, nós podemos dizer: «O Verbo se fez carne e habitou entre nós». A entrada de Deus neste mundo, a Encarnação do Filho de Deus, aconteceu num evento quase que secreto, numa pequena casa em Nazaré, e a Tradição cristã de séculos, muitos padres da Igreja veem que aqui existe uma coincidência. Sim, no mesmo dia, 25 de março, em que o Filho de Deus entrou neste mundo, também, 33 anos depois, no mesmo dia, 25 de março, Ele morreu no Calvário.

Assim, então, o evento da Encarnação e o evento da Redenção coincidiriam na mesma data: é isto que dizem Padres da Igreja como Santo Agostinho, como São Beda, o Venerável; ou seja, existe aqui uma conjunção da história, de tal forma que a entrada do Filho de Deus neste mundo coincide com a sua saída num círculo perfeito. Mas e por que 25 de março? Bom, lá na terra de Jesus, 25 de março é o início da primavera, ou seja, ali o nascimento — a vinda no mundo, mais do que o nascimento — a vinda no mundo do Filho de Deus e a saída deste mundo do Filho de Deus, é como que um evento que faz coincidir o calendário dos astros como se a Criação estivesse toda esperando aquele momento. É a Criação que obedece ao seu Criador.

Jesus vem e vem na primavera do mundo, Jesus morre na Cruz e é uma primavera também, porque é a primavera de nossa salvação. Se nós olharmos essa longa tradição de que o dia da Anunciação, em que o Anjo fala com Nossa Senhora e Ela responde: «Eis aqui a serva do Senhor», é o mesmo dia em que Jesus, 33 anos depois, no Calvário, diz: «Pai, em tuas mãos eu entrego o meu espírito», se nós vermos a coincidência destas duas datas, então, celebrar a solenidade da Anunciação do Senhor no meio da Quaresma não é quebrar o ritmo quaresmal, mas é exatamente o contrário, é iluminar a Quaresma com a luz da Encarnação.

Jesus veio a este mundo para morrer. Jesus veio a este mundo e a finalidade de sua vinda é oferecer o sacrifício redentor do Calvário, de tal forma que o seu primeiro instante de existência dentro do ventre de Maria coincide com o seu último instante de existência nesta forma de servo aqui na existência miserável de nossas dores; e Ele ofereceu durante estes 33 anos um único sacrifício de amor.

Sim, porque basta um segundo de existência de Deus neste mundo para nos salvar: a humilhação de Jesus que toma a nossa natureza humana e começa, já no ventre de Maria, a viver as debilidades, as misérias, a pequenez de nossa humanidade, este sacrifício de Deus que se encarna já seria suficiente para nos salvar, mas Deus não quis que parasse por aí, Ele quis que esse sacrifício redentor que, como que escondido em Nazaré, aconteceu longe dos olhos humanos, fosse levado para o topo de uma montanha, no Calvário, para que no extremo da dor, do sacrifício e da injustiça, fosse visto o amor de Deus por nós.

«Tendo amado os seus, amou-os até o fim». Ele veio e veio para nos amar: «Eis que eu venho, Senhor, fazer a vossa vontade. Fizeste para mim um corpo.» E ao fazer, ao dar ao seu Filho um corpo, esse Filho diz: «Eu vim fazer a vontade», e a vontade de Deus é essa morte de amor, a Encarnação e a Redenção na Cruz, intimamente ligados.

Que a Virgem Santíssima, também ela protagonista de toda esta história de amor — aquela que estava em Nazaré dizendo sim ao Anjo e estava aos pés da Cruz, no Calvário, dizendo o seu sim extremo à vontade divina —, nos ajude também a fazer com que as nossas vidas sejam alinhadas com a vontade de Deus.

Como no dia de hoje os astros se alinham, o nascimento se alinha com a morte de Cristo no Calvário — a primavera da sua vinda ao mundo coincide com a primavera de sua morte redentora —, também nós possamos alinhar o nosso coração desajustado e dizer, com Jesus, servo obediente, e com Maria, humilde serva do Senhor: “Faça-se a vossa vontade”.

Padre Paulo Ricardo. "Solenidade da Anunciação do Senhor" in Homilia Diária de 25-03-2022


CREDO - Às palavras "e encarnou" genuflete-se.

Creio em um só Deus,

Pai todo-poderoso,

Criador do céu e da terra

De todas as coisas visíveis e invisíveis.


Creio em um só Senhor, Jesus Cristo,

Filho Unigénito de Deus,

nascido do Pai antes de todos os séculos:

Deus de Deus, Luz da Luz,

Deus verdadeiro de Deus verdadeiro;

Gerado, não criado, consubstancial ao Pai.

Por Ele todas as coisas foram feitas.

E por nós, homens, e para nossa salvação

desceu dos céus


E encarnou pelo Espírito Santo,

no seio da Virgem Maria.

e Se fez homem.

Também por nós foi crucificado sob Pôncio Pilatos;

padeceu e foi sepultado.

Ressuscitou ao terceiro dia,

conforme as Escrituras;

e subiu aos céus,

onde está sentado à direita do Pai.

De novo há-de vir em sua glória,

para julgar os vivos e os mortos;

e o seu reino não terá fim.


Creio no Espírito Santo.

Senhor que dá a vida,

e procede do Pai e do Filho;

e com o Pai e o Filho

é adorado e glorificado:

Ele que falou pelos Profetas.


Creio na Igreja una, santa,

católica e apostólica.

Professo um só baptismo

Para remissão dos pecados.

E espero a ressurreição dos mortos,

e vida do mundo que há-de vir.

Ámen.


ORAÇÃO UNIVERSAL - ANUNCIAÇÃO DO SENHOR

Irmãos e irmãs em Cristo: Unidos, pela fé, à Virgem Maria, em cujo seio o Verbo Se fez carne para a salvação do mundo, façamos subir ao Pai as nossas súplicas, dizendo (ou: cantando), com alegria: R. Interceda por nós a Virgem cheia de graça.


1. Para que a Igreja, dispersa pelo mundo, anuncie fielmente Jesus Cristo, concebido no seio da Virgem Maria, por obra do Espírito Santo, oremos, por intercessão de Maria. R. Interceda por nós a Virgem cheia de graça.

2. Para que o Papa Francisco, os bispos, os presbíteros e os diáconos, amem a Deus de todo o coração e exerçam o seu ministério imitando a Cristo, oremos, por intercessão de Maria. R. Interceda por nós a Virgem cheia de graça.

3. Para que em Cristo, servo obediente, que veio ao mundo para fazer a vontade do Pai, ofereçamos a Deus a nossa própria vida, oremos, por intercessão de Maria. R. Interceda por nós a Virgem cheia de graça.

4. Para que aos pobres e aos que têm fome seja dado o pão de cada dia e nos seus rostos vejamos o de Cristo, oremos, por intercessão de Maria. R. Interceda por nós a Virgem cheia de graça.

5. Para que a Virgem Santa Maria, Mãe do ‘Emanuel’, que nos foi dada por seu Filho como nossa Mãe, nos acompanhe quer na vida quer na morte, oremos, por intercessão de Maria. R. Interceda por nós a Virgem cheia de graça.

6. Para que os cristãos de todas as Igrejas, particularmente os da nossa Diocese, imitem Cristo no seu modo de viver, oremos, por intercessão de Maria. R. Interceda por nós a Virgem cheia de graça.


Infundi, Senhor, a vossa graça em nossas almas, para que a anunciação do Anjo, que nos revelou a encarnação do vosso Filho, e a intercessão da Virgem Santa Maria nos levem a contemplar a vossa glória. Por Cristo Senhor nosso.


LITURGIA EUCARÍSTICA


S: Bendito sejais, Senhor, Deus do universo, pelo pão que recebemos da vossa bondade, fruto da terra e do trabalho do homem, que hoje Vos apresentamos e que para nós se vai tornar Pão da vida.

T: Bendito seja Deus para sempre.


S: Bendito sejais, Senhor, Deus do universo, pelo vinho que recebemos da vossa bondade, fruto da videira e do trabalho do homem, que hoje Vos apresentamos e que para nós se vai tornar Vinho da salvação.

T: Bendito seja Deus para sempre.


S: Orai, irmãos, para que o meu e vosso sacrifício seja aceite por Deus Pai todo-poderoso.

T: Receba o Senhor por tuas mãos este sacrifício, para glória do seu nome, para nosso bem e de toda a santa Igreja.


ORAÇÃO SOBRE AS OBLATAS

S: Recebei, Deus todo-poderoso, os dons da vossa Igreja, que reconhece a sua origem na Encarnação do vosso Filho, e fazei-lhe sentir a alegria de celebrar, nesta solenidade, os mistérios do seu Salvador. Por Cristo nosso Senhor.

T: Ámen


PREFÁCIO

S: O Senhor esteja convosco.

T: Ele está no meio de nós.


S: Corações ao alto.

T: O nosso coração está em Deus.


S: Dêmos graças ao Senhor nosso Deus.

T: É nosso dever, é nossa salvação.


S: Senhor, Pai santo, Deus eterno e omnipotente, é verdadeiramente nosso dever, é nossa salvação dar-Vos graças, sempre e em toda a parte.

A Virgem ouviu com fé o anuncio celeste, e pelo poder do Espírito Santo que a envolveu com a sua sombra, trouxe com amor em seu ventre imaculado aquele que devia nascer entre os homens e em favor dos homens, para cumprir as promessas feitas aos filhos de Israel e realizar de modo inefável a esperança de todos os povos. Por Ele, a multidão dos anjos adora a vossa majestade e exulta eternamente na vossa presença.

Permiti que nos associemos às suas vozes, dizendo (cantando) com alegria:

T: Santo, Santo, Santo, é o Senhor Deus do Universo.

O Céu e a Terra proclamam a vossa Glória. Hossana nas alturas.

Bendito O que vem em nome do Senhor. Hossana nas alturas.


ORAÇÃO EUCARÍSTICA II

S: Vós, Senhor, sois verdadeiramente santo, sois a fonte de toda a santidade. Santificai estes dons, derramando sobre eles o vosso Espírito, de modo que se convertam, para nós, no Corpo e Sangue de Nosso Senhor Jesus Cristo. Na hora em que Ele Se entregava, para voluntariamente sofrer a morte, tomou o pão e, dando graças, partiu-o e deu-o aos seus discípulos, dizendo:

TOMAI TODOS E COMEI: ISTO É O MEU CORPO, QUE SERÁ ENTREGUE POR VÓS.


De igual modo, no fim da Ceia, tomou o cálice e, dando graças, deu-o aos seus discípulos, dizendo:

TOMAI TODOS E BEBEI: ESTE É O CÁLICE DO MEU SANGUE, O SANGUE DA NOVA E ETERNA ALIANÇA, QUE SERÁ DERRAMADO POR VÓS E POR TODOS PARA REMISSÃO DOS PECADOS. FAZEI ISTO EM MEMÓRIA DE MIM.


Mistério da fé!

T: Anunciamos, Senhor, a vossa morte, proclamamos a vossa ressurreição. Vinde, Senhor Jesus!


S: Celebrando agora, Senhor, o memorial da morte e ressurreição de vosso Filho, nós Vos oferecemos o pão da vida e o cálice da salvação e Vos damos graças porque nos admitistes à vossa presença para Vos servir nestes santos mistérios. Humildemente Vos suplicamos que, participando no Corpo e Sangue de Cristo, sejamos reunidos, pelo Espírito Santo, num só corpo.

Lembrai-Vos, Senhor, da vossa Igreja, dispersa por toda a terra, e tornai-a perfeita na caridade em comunhão com o Papa, o nosso Bispo e todos aqueles que estão ao serviço do vosso povo.

Lembrai-Vos dos vossos servos, a quem chamastes para Vós: configurado com Cristo na morte, com Cristo tome parte na ressurreição.

Lembrai-Vos também dos outros nossos irmãos, que adormeceram na esperança da ressurreição, e de todos aqueles que na vossa misericórdia partiram deste mundo: admiti-os na luz da vossa presença.

Tende misericórdia de nós, Senhor, e dai-nos a graça de participar na vida eterna, com a Virgem Maria, Mãe de Deus, São José, seu esposo, os bem-aventurados Apóstolos e todos os Santos que desde o princípio do mundo viveram na vossa amizade, para cantarmos os vossos louvores, por Jesus Cristo, vosso Filho. Por Cristo, com Cristo, em Cristo, a Vós, Deus Pai todo-poderoso, na unidade do Espírito Santo, toda a honra e toda a glória agora e para sempre.

T: Ámen.


RITOS DA COMUNHÃO


S: Fiéis aos ensinamentos do Salvador, ousamos dizer:

T: Pai nosso, que estais no Céu, santificado seja o Vosso Nome, venha a nós o Vosso Reino, seja feita a vossa vontade, assim na Terra como no Céu.

O pão nosso de cada nos dai hoje, perdoai-nos as nossas ofensas, assim como nós perdoamos a quem nos tem ofendido, e não nos deixeis cair em tentação, mas livrai-nos do mal. Ámen.


S: Livrai-nos de todo o mal, Senhor, e dai ao mundo a paz em nossos dias, para que, ajudados pela vossa misericórdia, sejamos sempre livres do pecado e de toda a perturbação, enquanto esperamos a vinda gloriosa de Jesus Cristo nosso Salvador.

T: Vosso é o reino e o poder e a glória para sempre.


S: Senhor Jesus Cristo, que dissestes aos vossos Apóstolos: Deixo-vos a paz, dou-vos a minha paz: não olheis aos nossos pecados, mas à fé da vossa Igreja e dai-lhe a união e a paz, segundo a vossa vontade, Vós que sois Deus com o Pai na unidade do Espírito Santo.

T: Ámen.


S: A paz do Senhor esteja sempre convosco.

T: O amor de Cristo nos uniu.


S: Saudai-vos na paz de Cristo.

T: Cordeiro de Deus, que tirais o pecado do mundo, tende piedade de nós.

Cordeiro de Deus, que tirais o pecado do mundo, tende piedade de nós.

Cordeiro de Deus, que tirais o pecado do mundo, dai-nos a paz.


S: Felizes os convidados para a Ceia do Senhor. Eis o Cordeiro de Deus, que tira o pecado do mundo.

T: Senhor, eu não sou digno de que entreis em minha morada, mas dizei uma palavra e serei salvo.


COMUNHÃO EUCARÍSTICA


ORAÇÃO DEPOIS DA COMUNHÃO

S: Confirmai em nós, Senhor, os mistérios da verdadeira fé, para que, tendo proclamado que Jesus Cristo, concebido da Virgem Maria, é verdadeiro Deus e verdadeiro homem, cheguemos, pelo poder da sua ressurreição, às alegrias da vida eterna. Por Cristo nosso Senhor.

T: Ámen


RITOS DE CONCLUSÃO


S: O Senhor esteja convosco.

T: Ele está no meio de nós.


S: Abençoe-vos Deus todo-poderoso, Pai, Filho e + Espírito Santo.

T: Ámen.


S: Ide em paz e que o Senhor vos acompanhe.

T: Dêmos graças a Deus.


Liturgia das Horas

Das Cartas de São Leão Magno, papa

(Epist. 28 a Flaviano, 3-4: PL 54, 763-767) (Sec. V)


O mistério da nossa reconciliação


A humildade foi assumida pela majestade, a fraqueza pela força, a mortalidade pela eternidade. Para saldar a dívida da nossa condição humana, a natureza impassível uniu-se à nossa natureza passível, a fim de que, como convinha para nosso remédio, o único mediador entre Deus e os homens, o homem Jesus Cristo, pudesse ser submetido à morte como homem e dela estivesse imune como Deus.

Numa natureza perfeita e integral de verdadeiro homem nasceu o verdadeiro Deus, perfeito na sua divindade, perfeito na sua humanidade. Por «nossa humanidade» queremos dizer a natureza que o Criador desde o início formou em nós e que Ele assumiu para a renovar.

Mas daquelas coisas que o Enganador trouxe e o homem enganado aceitou, não há nenhum vestígio no Salvador; nem pelo facto de se ter irmanado na comunhão da fragilidade humana Se tornou participante dos nossos delitos.

Assumiu a forma de servo sem mancha de pecado, elevando a humanidade, não diminuindo a divindade: porque aquele aniquilamento pelo qual o Invisível se fez visível, e o Criador e Senhor de todas as coisas quis ser um dos mortais, foi uma condescendência da sua misericórdia, não foi uma quebra no seu poder. Por isso Aquele que, na sua condição divina, fez o homem, assumindo a condição de servo fez-Se homem.

Entra portanto o Filho de Deus na baixeza deste mundo, descendo do trono celeste, mas sem deixar a glória do Pai; é gerado e nasce, de modo totalmente novo.

De modo novo, porque, sendo invisível em Si mesmo, torna-Se visível na nossa natureza; sendo incompreensível, quer ser compreendido; existindo antes do tempo, começa a viver no tempo; o Senhor do Universo toma a condição de servo, obscurecendo a imensidão da sua majestade; o Deus impassível não desdenha ser um homem passível, o imortal submete-Se às leis da morte.

Aquele que é Deus verdadeiro é também verdadeiro homem; e não há ficção alguma nesta unidade, porque n’Ele é perfeita respectivamente a humildade do homem e a grandeza de Deus.

Nem Deus sofre mudança com esta condescendência da sua misericórdia, nem o homem é destruído com a elevação a tão alta dignidade. Cada natureza realiza, em comunhão com a outra, aquilo que lhe é próprio: o Verbo realiza o que é próprio do Verbo, e a carne realiza o que é próprio da carne.

A natureza divina resplandece nos milagres, a humana sucumbe nos sofrimentos. E assim como o Verbo não renuncia à igualdade da glória paterna, assim também a carne não perde a natureza do género humano.

É um só e o mesmo – não nos cansaremos de repeti-lo – verdadeiro Filho de Deus e verdadeiro Filho do homem.

É Deus, porque no princípio era o Verbo, e o Verbo estava em Deus, e o Verbo era Deus; é homem, porque o Verbo Se fez carne e habitou entre nós.


25-03-2025


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